Apesar de ter viajado para o outro lado do mundo para disputar o cinturão peso-médio (84 kg) do Ultimate, Sean Strickland aparenta estar confortável por lutar na Austrália neste sábado (9). Mesmo tendo como adversário o campeão Israel Adesanya, que reside e treina na Nova Zelândia, país vizinho da sede do UFC 293 na Oceania, o americano tem recebido apoio por parte do público local e se mostra grato.
Foi assim na pesagem cerimonial do UFC 293, realizada nesta sexta-feira (8). Diante de um bom público presente na ‘Qudos Bank Arena’, palco do evento de sábado, Strickland recebeu um misto de reações ao subir no palco. Ainda assim, o apoio dos fãs foi maior para o americano do que para Adesanya, que foi bastante vaiado ao se apresentar na cerimônia – gesto que não passou despercebido por ‘Tarzan’, que provocou o rival.
“Eu estou recebendo apoio. Não porque vocês gostam de mim, mas porque Izzy é uma m***. Quando eu represento seu país mais do que Izzy, é fácil me apoiar. Eu vou fazer uma p*** guerra por vocês e vou perder alguns neurônios por vocês. Obrigado por mostrarem todo o amor por mim. Obrigado”, agradeceu Strickland.
Vaiado principalmente ao ser entrevistado pelo apresentador Jon Anik após a encarada final contra o desafiante, Israel Adesanya manteve o semblante sereno e mandou um recado para seus detratores – incluindo seu oponente e parte da plateia. Curto e grosso, o nigeriano radicado na Nova Zelândia prometeu calar a todos no ‘main event’ do UFC 293.
“Não penso sobre ele. Não é sobre mim, é sobre nós. Eu tenho um grande time por trás, grandes países me apoiando, grandes culturas me apoiando, mas chega de tudo isso. Amanhã (sinal de silêncio com o dedo em frente à boca)”, disse Adesanya.
Apoio inesperado
Além do fator ‘casa’, o inesperado apoio recebido por Sean Strickland também surpreende pelo fato do americano adotar uma postura polêmica ao se posicionar publicamente, o que gera reações mistas da comunidade do MMA. Por outro lado, Israel Adesanya pode ter perdido a torcida australiana por ter derrotado o lutador da ‘casa’ Robert Whittaker na edição de número 243, em 2019, quando se sagrou campeão peso-médio do UFC pela primeira vez.