A morte de Stephan Bonnar, confirmada pelo UFC na véspera do Natal, gerou uma comoção na comunidade do MMA, com diversas pessoas se manifestando em pesar nas redes sociais. Mas um indivíduo não parece ter ficado completamente satisfeito com a atenção recebida pelo falecido lutador. Ou melhor, com a ausência dela enquanto o ex-atleta do Ultimate ainda estava vivo.
Em seu perfil oficial no ‘Instagram’ (veja abaixo ou clique aqui), o peso-médio (84 kg) do UFC Sean Strickland criticou a enxurrada de homenagens recebidas por Stephan Bonnar após a sua morte e questionou onde estavam essas pessoas quando o ex-lutador enfrentava algumas batalhas pessoais nos últimos anos.
“Eu vou divagar sobre algo que não me caiu bem e talvez nem seja coerente. Stephan Bonnar acabou de morrer e meu feed do Instagram está repleto de fotos de pessoas falando: ‘Esse sou eu e Stephan Bonnar treinando, nós erámos amigos, nós costumávamos nos divertir nos velhos tempos’. Tipo, eu vou postar uma foto com ele e ganhar curtidas. O Stephan Bonnar que eu conheço era doido para c***. Ele era viciado em opioides, ele foi preso, expulso de um hospital porque ele entrou para conseguir opioides, a academia dele faliu durante a (pandemia de) Covid. E sabe, eu sou um cretino, eu não vou postar uma foto e dizer ‘descanse em paz’, sou um cretino. Mas vocês que, depois que ele morreu, postam fotos dele em apoio e tudo isso… Quando esse homem estava perdendo a cabeça, onde vocês estavam? E eu não estou dizendo que você tinha que estar lá para apoiá-lo. Mas se você não estava lá por ele antes, não esteja agora, porque agora ele não precisa disso”, disparou Sean Strickland.
Stephan Bonnar morreu aos 45 anos, na última quinta-feira (22), nos Estados Unidos. Em comunicado, o UFC indicou que a morte do lutador pode ter sido causada por complicações cardíacas. Em sua carreira, o americano ganhou destaque principalmente por ter participado da primeira edição do reality show ‘The Ultimate Fighter’, onde chegou à final, sendo derrotado por Forrest Griffin, em uma luta que foi posteriormente incluída no ‘Hall da Fama’ da organização e é vista por muitos como um divisor de águas na história da companhia presidida por Dana White.