No último dia 31 de outubro, Anderson Silva realizou a sua última luta pelo Ultimate e chegou a anunciar sua aposentadoria do esporte. No entanto, menos de um mês depois, o atleta revelou que voltou atrás na sua decisão e que tinha sido forçado a pendurar as luvas após a derrota para Uriah Hall, no UFC Las Vegas 12. Embora esteja determinado a continuar competindo, o brasileiro enfrenta dificuldades de achar uma nova organização para atuar, e até mesmo Chael Sonnen, o maior rival de sua carreira, saiu em sua defesa.
Com o futuro cada vez mais indefinido, Anderson Silva viu seu nome ser negado pelas maiores promotoras de lutas da atualidade, como Bellator, ONE Championship, PFL e ‘Bare Knuckle FC’. Em entrevista ao canal do youtube ‘Fanatics View’, Chael Sonnen condenou a atitude dos dirigentes das entidades e chamou atenção para o fato de que o ‘Spider’ não ofereceu os seus serviços e mesmo assim está sendo descartado por elas.
“Foi um golpe baixo. Essa foi uma jogada realmente suja de muitas dessas promoções. Em primeiro lugar, eles não foram perguntados, então atiraram em um cara que eles adorariam ter tido em um determinado período de tempo, (mas) que não queria ir para lá. Agora eles querem dar a impressão de que estão acima de Anderson, recusando um cara que nem mesmo ofereceu seus serviços. Foi um pouco sujo, sem mencionar que foi insensível. Dizer que você não quer um cara é uma coisa maldosa de se fazer”, criticou o norte-americano.
De acordo com Chael Sonnen, esse é o fim da linha para a carreira de Anderson. O atleta explicou que o brasileiro deveria ter adotado outra estratégia para chamar a atenção dos promotores e assim, conseguir um contrato. No entanto, após tantas recusas, o americano revelou que não acredita em um retorno do rival.
“Não acho que o veremos lutar novamente porque acho que essas promoções estão dizendo a verdade. Acho que há uma maneira muito melhor de fazer isso do que a maneira que ele fez. Eu não acho que você deveria ir e simplesmente oferecer seus serviços em algum lugar. Acho que você deve ter um produto final. Ele deveria ter encontrado um oponente muito específico, levado ao público primeiro para ter certeza de que o público queria, depois adicionado uma faísca e, em seguida, jogado no colo de um promotor”, finalizou.
Aos 45 anos, Anderson Silva acumula um cartel de 34 vitórias, 11 derrotas e um ‘no contest’ (luta sem resultado) em mais de 23 anos de carreira. De 2006 a 2013 o brasileiro foi soberano no peso-médio (84 kg) do UFC, com dez defesas de cinturão seguidas.