Em julho de 2019, Gabriel Silva enfim conseguiu estrear no Ultimate. Entretanto, a primeira luta na maior organização de MMA do mundo não foi como ele esperava, já que acabou superado por Ray Borg por decisão unânime dos jurados. Após a pressão inicial do debute, o brasileiro parece confiar que pode apresentar muito mais no seu segundo duelo na franquia, dia 29 de fevereiro, no UFC Norfolk, diante do americano Kyler Phillips.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o peso-galo (61 kg) admitiu que sentiu mais pressão por fazer sua primeira apresentação no UFC e não conseguiu lutar como gostaria. Porém, mais aliviado e melhor preparado, ele destacou que o público vai poder observar todo seu potencial dentro do octógono para somar seu primeiro triunfo na liga.
“Vejo como uma luta de recuperação para mim, depois de estrear com derrota. Fiz alguns ajustes de preparação, tentei corrigir alguns erros que cometi na primeira luta. Acredito que consegui achar meus defeitos e corrigi-los. Venho mais focado e preparado. Passou aquela pressão da estreia. Até me considero um cara tranquilo, frio, que não me deixo levar. Mas o UFC é uma outra atmosfera, você acaba um pouco mais nervoso. Mas agora já me sinto bem, mais a vontade e sei o que vou encontrar na minha frente. Vai dar tudo certo”, afirmou, complementando os principais ajustes que fez em seu jogo para a segunda luta na franquia.
“O primeiro passo foi de superar essa questão de estreia. Me sinto muito mais confiante agora, mais tranquilo. Acho que na parte de luta agarrada faltaram alguns ajustes, tive algumas oportunidades de acabar com a luta e não fiz, deixei escapar por detalhes. Agora foquei nessa parte para não perder mais chances”, concluiu o atleta de 26 anos.
Como não poderia ser diferente, Gabriel destacou a ajuda do irmão Erick Silva em seu camp para este compromisso. O ex-lutador do Ultimate e atualmente no Bellator deu dicas para seu irmão, principalmente na parte estratégica. O peso-galo não deixou de elogiar essa parceria e apontar como ela é importante para sua evolução como um artista marcial.
“Ele (Erick Silva) sempre faz parte dos meus camps. É meu parceiro em todas situações. Quando ele lutava, eu ia junto também. Ele tem muita experiência e me ajudou um pouco com a parte de estratégia, umas situações que ele acredita que passa ser um caminho para vencer, por conta do meu estilo de jogo. Essa parceria com ele só soma ao meu jogo”, contou.
Se em julho de 2019 foi Gabriel que passou pela sensação de estrear no UFC, agora será a vez do seu adversário. Porém, o brasileiro não confia que Phillips vai sentir uma diferença atuando pela franquia, principalmente por ter passado pelo Contender Series. E peso-galo pretende justamente explorar esse possível excesso de confiança do rival.
“Apesar de ser um estreante, ele já lutou o Contender. Então não o vejo chegar com pressão. Vai vir ambientado, mas acho que por conta da estreia e pelo seu estilo explosivo, vai querer resolver logo, mostrar serviço. Vou aproveitar esse excesso de confiança dele. Vou pegá-lo no momento certo se ele vir com essa gana toda. Se eu começar com calma e usar minha estratégia, posso aproveitar uma queda de rendimento dele e acabar com a luta”, disse
Até chegar ao UFC, Gabriel Silva estava invicto na carreira após oito compromissos. Essa será sua segunda luta no UFC após ser derrotado por Ray Borg. Já o americano Kyler Phillips, que faz sua estreia na organização, soma seis triunfos e um revés em seu cartel.