Campeã peso-palha (52 kg) do UFC e atleta responsável por destronar Joanna Jedrzejczyk no octógono, Rose Namajunas surpreendeu a todos ao aceitar o desafio de viajar ao Brasil para encarar uma atleta local. Luta principal do card programado para o dia 11 de maio, na cidade do Rio de Janeiro, seu embate com Jéssica ‘Bate-Estaca’ teria tudo para lhe dar calafrios.
No entanto, a americana parece mais motivada do que nunca. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (28), durante coletiva de imprensa para o UFC 237, Rose demonstrou admiração e respeito não apenas ao Brasil, mas à cidade do Rio de Janeiro, palco dos primórdios do MMA e jiu-jitsu.
“É uma honra estar aqui casa do jiu-jitsu brasileiro e do MMA. E esse esporte salvou minha vida, é o mínimo que posso fazer, dar um grande show aqui. (…) Sempre penso duas vezes sobre tudo. Faço isso para me desafiar. A Jéssica recebeu esse direito por lutar em casa, ela sempre tem que viajar. Resolvi trazer esse duelo para ela”, narrou, sempre com um semblante tranquilo e impassível.
Seu estilo, por sinal, voltou a ser assunto. Além da cara fechada e de poucos sorrisos, o que difere diametralmente da espontaneidade da adversária, a forma cadenciada e minuciosa com que se apresenta no octógono será colocada à prova diante de uma agressiva Jéssica, que costuma caminhar para frente contra todas as suas adversárias.
“Acho que nossos estilos são bem diferentes. Somos como yin yang (conceitos chineses que expõem a dualidade existente no universo), estou ansiosa por esse desafio. Quero tirar os pontos fortes dela e explorar os pontos fracos”, narrou, antes de mandar um recado para as fãs mulheres que assistirão o duelo.
“É uma honra estar no card com lendas como o Aldo e Anderson. É importante para as mulheres saberem que não apenas podem ser lutadoras, mas que é importante saber que a luta não é apenas a meta. Praticar artes marciais é ótimo para defesa pessoal e para bem-estar”, finalizou.