No último sábado (25), Relson Gracie, de 66 anos, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal após ser flagrado com drogas em suas bagagens durante trajeto na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Piraí, no Sul Fluminense. De acordo com as autoridades, havia ‘skunk’ e outros derivados de maconha nos pertences do mestre de jiu-jitsu. Encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda – onde é mantido sob custódia até o caso ser decretado -, o membro da família ‘Gracie’ alega uso da substância para fins medicinais. O juiz responsável pela decisão deve ‘bater o martelo’ nesta segunda-feira.
Em contanto com a Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, a reportagem da Ag Fight confirmou que o juiz responsável pelo caso deve decretar sua decisão ainda hoje. De acordo com a assessoria da unidade, existe a alegação de uso medicinal das substâncias proibidas por parte da defesa do representante da família Gracie. Desta forma, Relson aguarda o decreto da Justiça para definir seu futuro – que pode ir de soltura imediata até prisão decretada por tráfico internacional de drogas.
“O problema todo é como foi recepcionado pelo juiz. Porque tem uma alegação de uso próprio medicinal. Então não se sabe o que juiz vai decidir. Ele (Relson) pode, inclusive, não responder por nada se for tratamento medicinal, ou algo dessa natureza. Já teve a audiência no sábado. Hoje, ele (juiz) vai decidir. Vai expedir o decreto judicial e ver o que vai fazer. Se ele determina soltura, se vai ser convertido em prisão preventiva em presídio, se responde pelo crime, mas em liberdade… Então tem várias hipóteses”, ressaltou o assessor da Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, antes de complementar.
“Caso seja decretado o pedido de prisão, ele (juiz) vai qualificar. Vai dizer se é simples tráfico, se é consumo, ou se é tráfico internacional. Mas por ora é mera especulação. Ele (Relson) está aguardando a decisão do juiz, da Justiça”, completou, ao ser indagado pela reportagem da Ag Fight.
Vale ressaltar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso de produtos à base de cannabis no Brasil – em votação em dezembro -, o que deve ser regulamentado a partir de junho deste ano. Portanto, na prática, pacientes com recomendação e receita médica para o uso de produtos com THC e/ou CBD, substâncias presentes na planta, poderão comprar os medicamentos direto nas farmácias, o que anteriormente era proibido.