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Rafael Dos Anjos detalha processo de negociação e justifica luta com Michael Chiesa

Rafael Dos Anjos tenta se recuperar do revés sofrido para Leon Edwards em julho – Diego Ribas

Do ponto de vista do ranking, o casamento da luta entre Rafael Dos Anjos e Michael Chiesa surpreendeu. Afinal de contas, enquanto o brasileiro ocupa a quinta posição entre os meio-médios (77 kg), o americano não figura nem na listagem dos 15 melhores da categoria. No entanto, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o atleta fluminense detalhou o processo de negociação para o combate, agendado para o dia 25 de janeiro, e justificou a escolha de seu próximo adversário na companhia.

Ex-campeão peso-leve (70 kg) do Ultimate, o lutador destacou que avaliou diversos nomes na divisão, mas quase todos estavam com duelos agendados. Sendo assim, Dana White teria contatado Rafael para que o brasileiro escolhesse seu próximo rival. Após a conversa com o presidente do UFC, Dos Anjos elencou quatro possíveis rivais que gostaria de enfrentar em seguida, e Chiesa acabou sendo o ‘sortudo’ em meio a estrelas do esporte como Conor McGregor e Nick Diaz.

“A gente tentou, viu nome por nome. E acima de mim no ranking estavam o Edwards, que acabou de me vencer, o Colby, que ia lutar com o Usman, o próprio Usman. Tyron Woodley, que falaram ser muito difícil de voltar a lutar, estava difícil de casar ele com alguém. E também o Masvidal, que fez uma luta com o Nate Diaz e está visando outras lutas e não lutaria comigo, porque vem de vitória e não faria sentido. Atrás de mim o Ponzinibbio ia lutar com o Lawler, machucou e saiu da luta. O único que sobrou tinha sido o Stephen Thompson, que tinha ganhado do (Vicente) Luque” relembrou Rafael, antes de falar sobre a conversa com Dana White.

“Mas depois da luta do Leon Edwards, o Dana White falou comigo e deixou em aberto com quem eu queria lutar que ele faria acontecer, então dei uns nomes para ele. Dei Nick Diaz, o vencedor do Pettis e Nate Diaz, o Conor ou o Michael Chiesa – que além de ser um cara duro, vem embalado por duas vitórias. E o jogo dele encaixa bem com o meu, mais comprido, canhoto, gosta de fazer chão, então poderia ser um casamento bom. Acabou que os três primeiros nomes não rolaram, e ele me ofereceu o Chiesa, então essa luta aconteceu”, completou o brasileiro, que encara Chiesa no UFC Raleigh.

Outro fator determinante durante a negociação foi o fato do confronto ter apenas três rounds de duração. Em seus últimos cinco compromissos no Ultimate, Dos Anjos enfrentou os melhores atletas da divisão em lutas de cinco rounds – em quatro delas, inclusive, Rafael competiu os 25 minutos previstos para o duelo. Sendo assim, um combate de menos apelo contra Michael Chiesa significa um descanso mais do que bem-vindo ao corpo do atleta de 35 anos.

“Com certeza (alivia muito). Esse foi um dos motivos (de ter aceitado essa luta), estava querendo fazer uma luta de três rounds. Robbie Lawler, Covington, Usman, todos de cinco rounds. Aí depois teve um Kevin Lee que também foram quatro rounds. E o Leon (Edwards) cinco rounds. São quase duas horas lutando somando aí as últimas lutas. Aí pensei: ‘Cara, quero fazer uma luta de três rounds, que com certeza é mais tranquila para o corpo’. Em tudo né, não só na luta, mas também no camp é mais tranquilo, não luto três rounds tem um tempo. Então foi esse um dos motivos”, admitiu Dos Anjos.

Chiesa e Rafael medem forças no dia 25 de janeiro, no UFC Raleigh – evento cuja luta principal também envolve brasileiro. De volta aos octógonos, o ex-campeão peso-pesado Júnior ‘Cigano’ encara Curtis Blaydes no ‘main event’ da noite.

 

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