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Primeiro rival de Jones no UFC, brasileiro elogia versatilidade de algoz: “É imbatível”

Quem olha para Jon Jones agora e analisa seus feitos históricos, com grandes vitórias e conquistas de cinturão, pode não se lembrar, mas foi um brasileiro que o recepcionou no octógono do UFC. No dia 9 de agosto de 2008, André Gusmão encarou ‘Bones’ e, após três rounds, acabou superado pelo atual campeão dos meio-pesados (93 kg) por decisão unânime. Quase 12 anos depois desta disputa, o agora ex-lutador, mesmo com o revés, guarda boas lembranças desta luta e ressalta que na época já pôde observar grande potencial no rival.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, André destacou que vivia seu melhor momento na carreira no MMA e quando foi estrear no Ultimate teve seu adversário alterado de última hora por Jones. Com o americano também iniciando sua trajetória na modalidade, o brasileiro admitiu que não conhecia nada do seu jogo e se impressionou logo de cara. Antes de lutar, havia sido informado que seu oponente era um wrestler, mas nos primeiros momentos de luta, o viu lançar joelhadas voadoras, socos rodados e cotoveladas.

“Não sabia nada dele, antes tinha treinado três meses para um cara menor e striker. Aí veio um cara gigante e wrestler. Aí cheguei lá e ele me deu um trabalho gigante. Não entendi nada, sai desnorteado. Fui até criticado naquela época, fiquei até meio mal. Mas depois de vê-lo espancando todo mundo deu um alívio (risos). Vi que ele era demais mesmo, matou todo mundo, limpou a categoria. Quando vejo hoje, até penso que lutei bem contra ele (risos). Ele mata a maioria dos seus adversários É o maior lutador de todos os tempos”, contou, complementando que não acredita que alguém consiga vencer Jon Jones.

“Ele é um lutador muito versátil. Tem uma envergadura enorme e talentoso demais. Dá cotovelada, chute, soco, agarra. É difícil demais enfrentá-lo. Ele faz tudo muito bem. Pode fazer o que quiser com você. Jon Jones é imbatível, não toma sufoco nenhum na carreira. Ele não toma nocaute, nunca fica perto de perder e está cada vez melhor. Caso tenha revanche, arrebenta mais ainda o cara. E olha que ele só teve luta dura na carreira”, ponderou.

Com a experiência de ter encarado Jones dentro do octógono, Gusmão comentou o que espera da próxima luta do americano. Neste sábado, o campeão busca defender seu cinturão contra Dominick Reyes, no UFC 247. Apesar de elogiar o desafiante, o brasileiro ressalta que a experiência de já ter feito lutas grandes vai pesar à favor de ‘Bones’ no final.

“É uma luta interessante. O Reyes é invicto, muito bom, tem uma pegada bem forte e é atleta. Mas não está acostumado a quatro, cinco rouns, a nadar nas águas profundas e pesadas de encarar um cara como o Jones. Acho que o Jones vai botar pressão demais. Ele é experiente nesse tipo de luta e vai poder usar bem isso a seu favor”, disse o atleta nascido em Goiânia.

Sem lutar desde 2011, André Gusmão decidiu se aposentar da modalidade e focar em outros projetos pessoais, mas todos ligados ao mundo das lutas. Atualmente morando em Miami (EUA), ele revelou ter quatro academias espalhadas pelos Estados Unidos, onde forma atletas e também divulga as artes marciais. Mas a vontade de competir ainda está dentro dele. Porém, sabe que seu tempo dentro do cage passou e prefere ver a nova geração em ação.

“Morro de vontade de lutar. É muito difícil parar. Até hoje faço sparrings, ajudo galera que vai lutar. Dá uma vontade grande. Essa é a dificuldade, de parar e focar nos negócios. Acho que todo mundo que conheço tem esse problemas. Assistir lutas dá vontade de competir. Sempre tem alguém ligando para você lutar. Sempre tenho convite e fico ponderando, porque tenho meu negócio. Fico com medo de arriscar. São três meses de camp, é difícil. Tem muita coisa em jogo. Treino muito, gosto, faço sparring pesado, aí dá uma alivada. Deixa pra molecada lutar, a galera nova que está no gás. Saber parar é importante demais”, finalizou o ex-lutador.

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