O fracasso nas negociações para que o UFC 237 fosse sediado na Arena da Baixada não encerrou a polêmica sobre o assunto. Depois de o Ultimate trocar a sede do show de Curitiba (PR) para o Rio de Janeiro, o dirigente do Athletico Paranaense Mário Celso Petraglia provocou a organização, alegando que ela levou o show para a ‘Jeunesse Arena’ por não ter capacidade de encher o estádio do clube.
Apesar de exercer o cargo de presidente do Conselho Deliberativo do ‘Furacão’, Petraglia é o principal mandatário do clube há décadas. Em entrevista ao blog ‘Luta Livre’, do jornal paranaense ‘Gazeta do Povo’, o dirigente afirmou que o Ultimate notou que não lotaria o estádio como em 2016 — quando vendeu 45 mil ingressos — e optou por uma arena menor.
“Agora eles entendem que não chegariam a 20 mil e seria desmoralização geral! No Rio será para 15 mil!”, declarou Petraglia. “Não (surpreendeu). Estão em queda no Brasil! Não temos mais ídolos!”, provocou o cartola.
De acordo com o site ‘Combate’, o principal empecilho nas negociações foi a alta pedida do Athletico. Segundo a publicação, o clube queria receber 50% de toda a receita com bilheteria e vendas durante o evento. Petraglia, entretanto, alegou que o UFC havia aceitado a exigência.
O Rio não era a primeira opção do Ultimate por causa da última experiência na cidade. O UFC 224, que teve a disputa do cinturão peso-galo (61 kg) entre Amanda Nunes e Raquel Pennington como luta principal, levou pouco mais de 10 mil pessoas à Jeunesse Arena — 5 mil a menos do que na passagem anterior, em 2017, quando José Aldo perdeu para Max Holloway no UFC 212. Além disso, funcionários da organização chegaram a ser assaltados em uma área próxima ao hotel em que ficaram hospedados.