Embora seja jovem para a categoria dos pesos-pesados, Augusto Sakai, de 28 anos, já tem deixado sua marca na categoria. Depois de conquistar no programa ‘Contender Series Brasil’ um contrato com o UFC, ele venceu as duas lutas que fez – a última delas contra o ex-campeão Andrei Arlovski. Ciente de que subiu “um patamar” na divisão, o paranaense tem pela frente Marcin Tybura neste sábado (14), em Vancouver (CAN), e já cogita lutar em novembro caso vença o polonês.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Sakai explicou que deseja voltar a lutar no Brasil, onde fez os quatro primeiros combates de sua carreira e o duelo de estreia no UFC – quando derrotou Chase Sherman por nocaute técnico. Para isso, porém, precisa sair ileso e vitorioso do confronto de sábado, a fim de poder ficar pronto em dois meses, já que o evento marcado para São Paulo acontece no dia 16 de novembro.
“Espero acabar com a luta rápido, sair inteiro, sem nenhum machucado, e se o UFC tiver uma vaga para mim no UFC São Paulo eu ficaria muito feliz. Gosto de lutar ao redor do mundo, mas lutar em casa é sempre bom, por sentir a energia e o calor da galera. Vamos ver aí. Foco no sábado. E depois do sábado a gente vê o que faz”, afirmou.
Embora ocupe a 14ª colocação no ranking dos pesos-pesados, uma posição à frente de Sakai, Tybura não vem em boa fase. O polonês só venceu um de seus últimos quatro confrontos e perdeu seu último compromisso, para Shamil Abdulkharimov. Augusto declarou que não se importa com o momento do rival e que, na dividida, é melhor ver os familiares de ‘Tybur’ sofrerem.
“Ele está sedento pela vitória, mas eu não estou muito preocupado com o momento dele, com as derrotas dele. Quero botar mais uma derrota no cartel dele. Estou pronto para a luta, para a minha vitória. Esse é o meu momento. Eu sempre busquei viver o que eu estou vivendo hoje. Sinto muito. Antes chorar a mãe dele do que a minha”, disse.
Sakai ainda opinou sobre o fato de que, entre os pesos-pesados brasileiros que chegaram nos últimos anos ao UFC, ele tem sido o único a começar a se firmar. Sem fazer críticas aos colegas, o paranaense exaltou os próprios esforços e os sacrifícios que teve de fazer para chegar ao alto nível.
“O que eles têm ou não eu não sei. Mas eu sei o que eu tenho. Acompanho o UFC há muito tempo, sempre sonhei estar aqui. Abri mão de tudo para viver a vida que estou vivendo hoje. Trabalho duro todos os dias, dois a três treinos por dia. Abro mão de coisas do meu cotidiano para poder me dedicar a isso. O que eu estou vivendo hoje, essa boa fase, as vitórias, estar no UFC, se resumem à minha dedicação de anos. Me mantenho focado porque quero subir cada vez mais. Acho que isso é o meu diferencial. Não falo deles, mas falo de mim: falo do resultado da minha dedicação”, declarou.
Apesar de ter chegado ao UFC apenas no ano passado, Sakai já é um atleta experiente. Treinando artes marciais desde os 14 anos, ele ficou de 2014 a 2017 no Bellator, evento no qual só perdeu um duelo, para o ex-Ultimate Cheick Kongo.