JJ Aldrich em 2018, Hannah Cifers e Veronica Macedo em março e agosto de 2019, respectivamente. São três derrotas seguidas no octógono, o que faz da missão de se apresentar novamente no octógono uma tarefa árdua. Imagine então o que aconteceria se essa mesma atleta tivesse uma saga brilhante de dez vitórias em 11 disputas antes de encontrar a má fase no UFC, como é o caso na trajetória de Polyana Viana. No entanto, a peso-palha(52 kg) exala confiança e foco, mesmo sabendo o quão decisivo o próximo combate pode ser para sua permanência no evento.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, a brasileira, que enfrentará a americana Emily Whitmire no próximo sábado (7), no UFC 248, analisou os motivos de sua queda de rendimento, assim como suas estratégias para voltar a vencer.
De acordo com a atleta, vários fatores acumulados a teriam levado às últimas derrotas, desde a distância da família até problemas de cunho pessoal. Porém, Polyana afirmou ter superado todas as adversidades e conseguido se afastar do que estava lhe atrapalhando.
“Não estava conseguindo focar. Agora já estou bem melhor, minha família está perto, os treinos estão fluindo naturalmente, não me perco mais”, contou Polyana, relatando que, seu filho de nove anos foi morar com ela este ano, uma vez que a distância era muito difícil para ambos. “Mas agora vai dar certo”, completou, positiva, apesar de assumir sentir a pressão por um bom resultado no sábado.
“Acho que, na minha última luta, a gente traçou uma estratégia errada, treinando o que eu achava que a menina não teria. Então, nessa luta foi diferente, eu treinei tudo, vou estar preparada para o que vier”, explicou Polyana, prometendo que vai tentar impor seu jogo contra a americana.
Entretanto, assistir ao último confronto de sua futura adversária parece ter revelado o caminho a ser seguido para a vitória. Polyana é até hoje a única lutadora que derrotou Amanda Ribas – vitória por nocaute no Jungle Fight 83, em novembro 2015. Curiosamente, sua próxima oponente, Emily Whitmire, perdeu justamente para essa lutadora em junho do ano passado.
“O que eu percebi na luta dela com a Amanda foi que ela (Emily) fica meio desesperada. Quando está por baixo, quando a abafam, ela se perde um pouco. Então, vou tentar aproveitar isso”, explicou a atleta paraense, que afirma ser melhor na luta de chão, já que a americana, na sua opinião, fica nervosa ao misturar jiu-jitsu com golpes traumáticos no solo.
Sobre os planos para 2020, Polyana optou por baseá-los a partir do resultado de sábado. “Esse ano, se eu ganhar essa luta, quero lutar em São Paulo e depois a gente vê”, garantiu, demonstrando o desejo de competir nos octógonos no seu país natal no dia 9 de maio.
Aos 27 anos, Polyana Viana acumula dez triunfos, todos por nocaute ou finalização, e quatro derrotas em seu cartel. A última vitória da lutadora brasileira veio justamente em sua estreia pelo UFC, em fevereiro de 2018, quando ela finalizou Maia Stevenson com um mata-leão. Desde então, a peso-palha soma três reveses consecutivos nos octógonos do Ultimate.