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Perto do fim da carreira, Demian Maia revela qual legado espera deixar no MMA

Demian Maia é o brasileiro com mais vitórias no Ultimate – Leandro Bernardes/PxImages

No fim de 2019, Demian Maia adiantou que sua carreira no MMA estava perto do fim. Com somente mais duas lutas no contrato com o UFC, o lutador revelou que cumpriria ambas e depois deveria pendurar as luvas. Em março deste ano, o paulista já fez uma e agora estaria no aguardo da data para realziar sua despedida do esporte. Com o fim se aproximando, o paulista, questionado como gostaria de ser lembrado no futuro, não hesitou em falar da arte suave.

Em entrevista ao vivo pelo ‘Youtube’ à reportagem da Ag. Fight, o faixa-preta de jiu-jitsu admitiu que gostaria de ter seu nome relacionado à evolução do jiu-jitsu no MMA. Estudioso da modalidade, Demian destacou que dedicou anos de sua carreira para aprender e inovar novas técnicas da arte suave voltadas para lutas dentro do octógono.

“Gostaria de ser lembrado por ser o responsável para adaptar o jiu-jitsu a esse MMA moderno. O que vi no jogo de grade e umas posições no chão. Tem muito detalhe que eu desenvolvi de anos e anos estudando, vendo o que dava certo no chão, na grade, o que mantinha o adversário no chão, em situação de controle. Tem muito conteúdo que fui desenvolvendo e que ninguém fez dessa maneira. Existem muitos lutadores de jiu-jitsu que finalizam e fazem bem o jiu-jitsu no MMA, mas acho que apliquei técnicas que posso ensinar para outras pessoas. Foquei muito nisso e aplicar técnicas no MMA moderno, que é diferente daquele antigo. Tem muito mais detalhes. Essa adaptação foi o legado que deixei”, contou.

Com o sucesso da família Gracie no MMA, o ‘Brazilian Jiu-Jitsu’ foi difundido pelo mundo, com as técnicas que os membros do clã mais famoso das artes marciais ensinavam. Apesar de também ser um especialista na modalidade, Demian não se colocou no mesmo patamar para no futuro alguém chame suas técnicas de ‘Demian Jiu-Jitsu’.

“Acho muito pretensioso. Os Gracie tem uma história que não tem comparação, não só tecnicamente, mas em termos de negócios, visão de marketing. Nos anos 50, nem jogador de futebol vivia disso, e eles viviam de uma academia de luta. Eles vivam de uma maneira saudável, dando dinheiro e de luta. Nem no futebol era assim. É impressionante o que fizeram. Eu nunca falaria de ‘Demian Maia Jiu-Jitsu’. Eu criei várias coisas que ficaram conhecidas, mas é o jiu-jitsu brasileiro”, completou o atleta que tem 22 vitórias no Ultimate.

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