Às vésperas de sua segunda luta contra Alex Poatan no UFC, Jiri Prochazka acusou o rival brasileiro de utilizar forças espirituais para melhorar seu desempenho dentro do octógono. A inusitada declaração do lutador tcheco pegou de surpresa grande parte da comunidade do MMA e dividiu opiniões. Mas para Ben Askren, ex-lutador do Ultimate, o ‘samurai europeu’ perdeu o duelo contra o striker paulista ao focar nesse assunto, antes mesmo de subir no octógono.
No mais recente episódio do seu podcast ‘Funky and the Champ’, Askren teceu duras críticas ao comportamento do lutador tcheco na semana pré-luta. No visão do veterano, Prochazka demonstrou fraqueza ao se apegar e, principalmente, acreditar em uma acusação tão pueril como o suposto uso de magia por parte de Poatan.
“Eu odeio isso. Se você começa a falar assim, isso é um sinal claro que você vai levar uma surra. Se você começar a se preocupar com bruxaria, você está acabado, você não vai vencer. Eu disse: ‘Escute, se ele está se preocupando sobre bruxaria, isso vai terminar rápido. Ele vai ser nocauteado’. E foi isso que aconteceu. Quando você chega nesse ponto, é um pouco longe demais. Eu disse – odeio isso. Eu odeio o fato que ele estava pensando sobre esse tipo de coisa. Se você pensa sobre esse tipo de coisa, provavelmente acabou para você”, analisou Ben Askren.
Nocauteado sem ‘magia’
Jiri Prochazka passou boa parte dos dias que antecederam o UFC 303, realizado no último sábado (29), em Las Vegas (EUA), insistindo na ideia que Alex Poatan – de origem indígena – utiliza o xamanismo para estabelecer contato com o mundo espiritual e vencer suas lutas, mesmo após o brasileiro negar tal prática. Dentro do octógono, no entanto, sem bruxaria ou mágica, o campeão dos meio-pesados precisou de pouco mais de cinco minutos de combate para nocautear o tcheco e manter o cinturão da categoria.