Paulo ‘Borrachinha’ está há mais de um ano sem competir, mas o período afastado do MMA termina neste sábado (17), no UFC 241, com sede em Anaheim (EUA). Apontado como uma das principais promessas da divisão dos pesos-médios (84 kg), o brasileiro revelou que realizou um ‘supercamp‘ para o combate contra YoelRomero – uma preparação equivalente às expectativas criadas sobre o seu futuro promissor no Ultimate.
Durante entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Borrachinha detalhou o que mudou em sua preparação desta em relação a um camp ‘comum’. O alto investimento destoou da média encontrada no esporte. Mas de acordo com o atleta mineiro, é um dinheiro bem aplicado, uma vez que os frutos desse gasto poderão ser colhidos no futuro.
“Dessa vez eu fiz o camp, nas outras vezes a luta caiu antes do início do camp. Foram mais de dois meses de preparação intensa todos os dias, foi uma guerra. Uma intensidade enorme, trouxemos nove sparrings e todos eles se machucaram. Estava com uma equipe fantástica, 4 fisioterapeutas para atender a mim e aos sparrings. Dois médicos nos acompanhando, um cuidando da dieta e outro das lesões. Eu estou preparado para lutar duas, três vezes contra o Romero. Eu gasto muito dinheiro. Investi muito. É muita gente. Gastei por alto uns 90 mil reais, sem contar pagamento dos treinadores. Contei com a ajuda dos patrocinadores porque é um gasto enorme. A gente gasta para ver se consegue recuperar depois. Tem que plantar para colher”, revelou o peso-médio brasileiro.
Com a confiança característica de sempre, Paulo analisou o confronto de estilos presentes em sua luta contra Yoel. O brasileiro exaltou as habilidades do wrestler cubano – ex-desafiante ao cinturão da categoria e vice-campeão olímpico de luta greco romana -, mas projetou que o momento que vive pesará a seu favor dentro do octógono no sábado.
“Ele foi atleta olímpico, tem muita experiência. Envolvido no esporte há muito tempo, desde moleque. Tem um bom vigor físico e um bom wrestling, com mais quedas tentando bater. Não vejo tanta coisa (que ele é melhor que eu), apesar de ser um dos caras mais duros da divisão. Mas me vejo em vantagem, com certeza, no cardioestou muito melhor, não estou me cansando. Vou para nocautear, manter distância e bater duro como sempre, vou trazer a luta para onde sou melhor que é lutando em pé. Acho muito difícil (a luta) chegar no terceiro round“, opinou Borrachinha.
Em caso de vitória no card em Anaheim, Paulo destacou que pretende lutar pelo cinturão da divisão até 84 kg em seguida. O brasileiro apontou uma preferência por enfrentar Israel Adesanya – que encara Robert Whittaker em outubro -, com quem já trocou farpas nas redes sociais. Confira a entrevista completa a seguir (ou clique aqui):