Desde que estreou no UFC, em 2008, Rafael Dos Anjos sempre foi conhecido por ser um exímio lutador de jiu-jitsu. Com a bagagem de já ter participado de competições de quimono antes de migrar para o MMA, o brasileiro via seus rivais temerem ir para a luta de chão, com medo de sofrerem alguma finalização. Porém, nos últimos anos o atleta não tem aproveitado sua técnica no solo, fato que pretende mudar daqui para frente e promete voltar às origens.
Em entrevista ao vivo pelo ‘Youtube’ à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja abaixo), o meio-médio (77 kg) natural de Niterói (RJ) admitiu que vai voltar a treinar jiu-jitsu com companheiros de alto nível e citou que vai visitar a academia de dois brasileiros que fizeram história em competições da arte suave. A intenção de Dos Anjos é se colocar cada vez mais ativo nessa área novamente para melhorar os buracos que enxerga em seu jogo.
“Vejo muito buraco no meu jogo, na parte de wrestling, chão, recuperar meu jiu-jitsu de anos treinando. Agora estou saindo mais da zona de conforto, estava indo treinar com o Rômulo Barral e os garotos dele, com o André Galvão. Saindo dessa zona de conforto e pegando esses casca-grossas do jiu-jitsu, mais fortes do que eu para me botar nessas situações, mas foi quando aconteceu essa quarentena. Mas em breve tudo fica normal e vou me alinhar de novo”, afirmou o ex-campeão do peso-leve (70 kg), antes de completar.
“O jiu-jitsu é meu background. Às vezes me via no desespero de ficar em baixo na luta, fato que não acontecia antigamente. Me sentia super confortável por baixo, lutar no chão e isso vem mudando durante os anos. Acho que são detalhes que se acertar e estar treinando com os caras grandes, que saem de posições. Eu estava muito sozinho, com um ou dous, agora vou me jogar na academia, rolar com dez caras diferentes, fazer ajustes e é isso que vai me colocar no caminho de novo”, finalizou o atleta que tem 29 vitórias em sua carreira.
Campeão peso-leve do UFC entre março de 2015 e julho de 2016, Rafael dos Anjos subiu para os meio-médios – onde compete desde junho de 2017 – justamente para minimizar o desgaste do corte de peso na categoria de baixo. Após iniciar sua trajetória na nova divisão de forma promissora, com três triunfos consecutivos que o levaram à disputa do cinturão interino até 77 kg contra Colby Covington, o niteroiense acumula quatro derrotas e apenas uma vitória em suas últimas cinco apresentações no octógono mais famoso do planeta.