Raulian Paiva é o 13º colocado no ranking dos moscas do UFC – Leandro Bernardes/PXImages
Após duas derrotas seguidas, Raulian Paiva enfim saboreou o gosto de vencer pela primeira vez no Ultimate. No último sábado (15), o brasileiro nocauteou Mark De La Rosa no segundo round, no UFC Rio Rancho. Aliviado por poder mostrar uma bela atuação somada ao triunfo, o lutador adiantou que não pensa em ficar muito tempo longe do octógono e traçou sua meta.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o peso-mosca (57 kg) festejou o sucesso do trabalho de meses de preparação para essa luta e admitiu que teve uma sensação única ao sair vencedor desta disputa. Além disso, destacou que está sem restrições médicas e que já voltou aos treinamentos, e que por isso pleiteou uma vaga no UFC São Paulo, programado para o dia 9 de maio.
“O gosto da vitória é sensacional. É um gosto muito bom. Fiquei muito satisfeito com o que tudo que me preparei nesses meses deu certo. Mas não vou ficar acomodado. Já voltei a treinar, não me machuquei e me sinto bem. Não preciso descansar. Sei que em maio tem o UFC em São Paulo. Então vou manter meu peso e estou à disposição”, disse, antes de adiantar que não tinha pressão antes dessa luta e valorizou seu poder de nocaute.
“Muita gente perguntou se eu estava pressionado, porque vinha de duas derrotas. Mas não estava pressionado, pelo contrário. Estava motivado. Sei que tive duas boas lutas, so faltou a vitória. Mas com isso tudo tive mais foco no camp, treinei mais, me concentrei mais nos meus erros. Coloquei na cabeça que seria o primeiro a nocautear o De La Rosa no UFC e consegui. Quando entrei no UFC falei que tinha uma boa pegada para a categoria, que só faltava mostrar em prática. A cada luta que faço busco a evolução, a melhorar meus erros”, completou.
A categoria peso-mosca atualmente contém uma safra de novos lutadores brasileiros entre os 15 primeiros. Além de Raulian, Deiveson Figueiredo, que vai lutar pelo título contra Joseph Benavidez, no dia 29 de fevereiro, Jussier ‘Formiga’, Alexandre Pantoja e Rogério Bontorin fazem parte do seleto grupo. No entanto, o amapaense revelou que ainda sente falta de um apoio do público brasileiro e pediu que os fãs valorizem os atletas da divisão.
“Falaram que iam cortar a categoria, mas agora vai ter uma disputa de cinturão e creio que não vai terminar tão cedo. Os brasileiros precisam dar mais atenção para nós, para a divisão. Valorizar o que estamos fazendo. Às vezes os brasileiros dão mais valor aos estrangeiros do que para nós. Precisamos de mais apoio, passar aquela energia boa que nos incentiva a treinar mais. Estou agora torcendo pro Deiveson conquistar esse cinturão, porque tenho certeza que o Brasil vai dar mais moral para os moscas. Precisamos desse espaço”, finalizou.
Com 24 anos, Raulian já soma 19 vitórias e três derrotas em seu cartel profissional. A jovem promessa brasileira ocupa atualmente a 13ª posição no ranking peso-mosca do UFC.