Usar de sua influência para conscientizar as pessoas sobre o novo coronavírus, mas também de seu poder monetário para ajudá-las. Dessa forma, agiu, nesta semana, o ex-campeão peso-leve (70 kg) e peso-pena (66 kg) Conor McGregor. Após uma série de apelos às autoridades irlandesas e aos fãs para contenção da pandemia global, o lutador divulgou uma doação exorbitante para suprimentos médicos. Por mais que possa não ser tanto para o lutador milionário do UFC, o dono da ‘Proper No. Twelve Irish Whiskey’ doou 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões) para o combate ao vírus.
Tudo começou quando o ministro das finanças irlandês, Paschal Donohoe, foi agradecer e parabenizar o atleta pelo seu esforço em dispersar mensagens de conscientização nas suas redes sociais. Porém, o que esse político provavelmente não esperava seria que McGregor responderia com uma oferta de 1 milhão de euros para combater o COVID-19. Essa conversa aconteceu por mensagem no Twitter (clique aqui ou veja abaixo) e foi divulgada pelo lutador nessa quarta-feira (25).
“Hoje, estou doando 1 milhão de euros em equipamentos de proteção pessoal para serem implementados em todos os hospitais de combate na região Leinster”, escreveu McGregor, completando que gostaria de destinar o dinheiro às áreas mais afetadas pelo coronavírus. “Onde estaríamos sem esses homens e mulheres corajosos eu não sei. Que Deus os abençoe e os mantenha seguros”.
McGregor retornou o agradecimento a Donohoe e reconheceu o trabalho do governo em meio à pandemia. No entanto, não se absteve de fazer críticas a como a Irlanda está combatendo a doença, além de fazer sugestões. Para o atleta, a contenção ainda estaria “muito relaxada”. Apesar de o número de casos confirmados na Irlanda ser inferior a muitos outros países europeus, mas a situação já é alarmante para uma população de menos de cinco milhões de habitantes. De acordo com o último relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), há 1329 infectados no país e sete óbitos.
“Precisamos colocar a saúde acima da riqueza”, declarou. “Todos dentro (de casa) é o termo que devemos usar aqui. Pouco a pouco vai custar nossas vidas. Ver o que está acontecendo aqui na Irlanda e em todo o mundo é de partir o meu coração”.
Já o quadro global é cada vez mais crítico. De um relatório diário da OMS para o outro, mais recente, houve o aumento de cerca de 40 mil casos. No mundo, há mais de 413 mil infectados pelo COVID-19 e mais de 18 mil mortos.