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Masvidal questiona sobre participação dos lutadores em receitas ganhas pelo UFC

Jorge Masvidal declarou guerra ao UFC – Diego Ribas

Se antes foi Jon Jones que bateu de frente com o presidente do UFC, Dana White, pela bolsa pedida para encarar Francis Ngannou, no peso-pesado, e negada pela organização, agora foi Jorge Masvidal que levantou a voz dos atletas quanto a remuneração que os competidores recebem. O meio-médio (77 kg) questionou porque os lutadores não têm uma parcela das receitas do Ultimate.

Em entrevista ao programa ‘SportsCenter’ da ‘ESPN’ americana, o dono do cinturão ‘BMF’ (mais “durão” de todos) comparou a atual situação do UFC com ligas americanas de outros esportes. Para ‘Gamebred’, em diferentes modalidades, todos competidores levam uma grande fatia na receita gerada, além dos salários. Por isso, questionou a razão de no Ultimate ser diferente.

“Não é sobre mais dinheiro, é sobre uma maior divisão do dinheiro pelo que fazemos. Tenho muitas questões. NBA, NFL, beisebol. Acho que eles dividem 50% com os jogadores e as organizações. Acho que o número certo é 57%. A gente recebe 18% . Por que é assim? Eu quero a resposta para isso. Em que outro lugar da América isso acontece? Você pedir uma promoção e eles dizerem que você não vai ganhar e vai ter que se aposentar”, disse o o atual número três do ranking da até 77 kg, antes de completar seu raciocínio.

“O cara do outro lado vai estar com tanta vontade de arrancar a minha cabeça como ele sempre. E nós nunca tivemos uma parcela da bilheteria, da venda de cachorros-quentes, nada disso. Por que importa para a gente se está sem público? Por que tenho que fazer meu trabalho por menos dinheiro? Se a gente estivesse ganhando 50 ou 40% da receita, seria diferente. Não estamos nem perto disso. Se estou trazendo os números que trago, não acho justo ganhar 18%. Não estou ganhando nem 1/3 do que eu estou gerando. E não falo só por mim, falo por todos os lutadores, até pelos que eu não gosto”, completou.

Apesar da bronca com o UFC, Masvidal deixou claro que não tem em mente deixar a franquia em atual em outra organização. No entanto, para isso, espera que os cartolas mudem o jeito da remuneração dos lutadores. Para ratificar seu pedido, o americano revelou que recebeu uma oferta menor, em termos financeiros, para enfrentar Kamaru Usman, pelo cinturão dos meio-médios, do que em sua luta anterior, contra Nate Diaz.

“Não pensei em nenhum plano de lutar em outro lugar. Espero que o UFC mude. Ou se não mudarem, se não acharem que eu trago valor para a liga, que me deixem ir para outro lugar. Eles me ofereceram menos dinheiro do que eu ganhei na minha última luta. E eu estaria disputando o título mundial”, completou.

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