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Masvidal abre as portas para superluta com Khabib, mas exige “bela recompensa” financeira
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por
Neri Fung
Após anos de trajetória no UFC, Jorge Masvidal finalmente ascendeu ao posto de estrela da companhia ao completar uma temporada 2019 perfeita e somar três expressivos triunfos, todos por nocaute ou nocaute técnico, sobre Darren Till, Ben Askren e Nate Diaz, respectivamente. O retrospecto recente – que culminou com a conquista do cinturão ‘BMF’ (lutador ‘mais durão’), confeccionado especialmente para o duelo contra Diaz – posicionou o meio-médio (77 kg) como o provável próximo desafiante ao título, atualmente em poder de Kamaru Usman, além de colocar seu nome entre os citados sempre que se especula possíveis superlutas entre divisões.
Em resposta a um fã que o questionou justamente sobre um hipotético futuro duelo contra Khabib Nurmagomedov, campeão peso-leve (70 kg) do UFC, Masvidal – em vídeo publicado no seu canal do ‘Youtube’ – não descartou a possibilidade, mas citou o desgastante corte de peso para conseguir ficar dentro do limite exigido pela categoria como um dos principais empecilhos para a realização da superluta. Por isso, segundo ele, o Ultimate precisaria lhe apresentar uma oferta financeira bastante vantajosa para que ele assinasse o acordo. Apesar de ter iniciado sua caminhada na organização na divisão até 70 kg, o americano não compete na mesma desde abril de 2015, quando foi derrotado por Al Iaquinta por pontos. Desde então, ‘Gamebred’, como é conhecido, tem competido exclusivamente nos meio-médios.
“A grana vai falar, cara. (Bater) 70 kg é uma batalha com meu peso. Quando eu estou entre 78 e 78,5 kg, eu estou com cerca de cinco por cento de gordura corporal já, seis por cento de gordura corporal. Então, eu não tenho muito espaço para trabalhar em cima e ainda chegar em 70 (kg). É muita água, sempre foi muita água. Isso não deixa na melhor forma que eu poderia estar na noite da luta, como quando eu luto até 77 kg e tenho aquela explosão, eu posso explodir um pouco mais e por mais tempo. Até 70 kg seria um pouco diferente. Mas isso não quer dizer que eu não possa vencer uma e que eu não possa bater o peso. Eu apenas teria que receber uma bela recompensa (financeira) para descer até 70 kg e competir contra qualquer um”, explicou Masvidal, antes de continuar.
“Eu adoraria fazer isso porque eu senti que nunca tive uma oportunidade justa (quando lutava) até 70 kg. Eu bati muitos competidores de alto nível antes de vir para o UFC até 70 kg. Eles (UFC) nunca me deram uma chance de lutar com um cara top 10. Só quando eu comecei a lutar até 77 kg que eles me deram caras top 5 ou top 10. Nunca senti como se eu tivesse tido uma chance justa até 70 kg. Venci muitos caras bons quando eu estava lá embaixo, no UFC também. Então, tanto faz, se eles fossem me pagar esse dinheiro, eu estaria com pressa para descer e mostrar o que eu valho”, concluiu o lutador.
Antes de pensar em uma superluta, no entanto, Jorge Masvidal deve ter outro desafio pela frente. Como confirmado pelo próprio Dana White, presidente do UFC, a organização planeja agendar a disputa entre ‘Gamebred’ e Kamaru Usman, pelo cinturão até 77 kg, para o futuro próximo. De acordo com o nigeriano, o anúncio do acordo esteve próximo de ocorrer, mas a pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos do Ultimate.
Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.