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Markus ‘Maluko’ admite oferta para atuar em Dublin e cita lado positivo de luta adiada

Markus ‘Maluko’ atuou pela última vez em novembro – Leandro Bernardes/PxImages

Com três eventos cancelados do UFC, do fim de março e início de abril, devido à pandemia de coronavírus, muitos atletas ficaram frustrados por não poderem atuar e ainda esperam uma posição do Ultimate para remarcar seus compromissos. Um dos lutadores afetados foi Markus ‘Maluko’, que enfrentaria o italiano Alessio di Chirico no dia 11 de abril no UFC Portland. No entanto, ao contrário de muitos atletas, o brasileiro viu um lado positivo do cancelamento e, após contato com a organização, já tem uma ideia de quando vai poder voltar a subir no octógono novamente.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o paulista revelou que durante sua preparação para o confronto machucou sua mão e não estava conseguindo fazer certos movimentos com ela. Por isso, aceitou de bom grado o cancelamento do evento. Além disso, o lutador confessou que o UFC já entrou em contato com ele para se apresentar na edição marcada para Dublin (IRL), no dia 15 de agosto.

“Fiquei bem chateado, mas por um lado foi bom para mim, porque estava com minha mão machucada, a minha esquerda eu não estava conseguindo dar soco. Minha estratégia era de pegar e levar para baixo logo de cara, porque não conseguia socar. Mas como atleta, temos nossas contas para pagar e temos que fazer sacrifícios e não lutar 100%. Maioria das lutas nunca estamos 100%. Mas esse vírus acabou com tudo. Agora eles me perguntaram e falaram que tentariam colocar antes, mas que essa minha luta seria em Dublin, contra o Alessio ainda. Topei, disse que não queria mudar de adversário, não gosto disso. Nunca neguei nenhum adversário. Mas gostaria de fazer uma luta antes dele, talvez em junho, início de julho”, disse.

Sobre a questão de treinos, ‘Maluko’ afirmou que ainda não estava sofrendo, pois tem todos os acessórios de combate com seu treinador de muay thai, que estava com ele. Porém, admitiu seu desejo de chegar ao Brasil para se recuperar da lesão na mão e estar apto quando receber o chamado.

“Eu estou em Miami e meu treinador de muay thai está comigo, então ele tem todos os equipamentos com ele. Fazemos treino em casa, corremos na rua para manter a forma. Mas estou voltando para o Brasil para deixar minha mão zerada para pegar minha próxima luta”, contou.

A última vez que pisou no octógono não foi boa para o brasileiro. Após derrotar Anthony Hernandez, o lutador foi se apresentar no UFC São Paulo, em novembro de 2019 para engatar uma sequência de triunfos na franquia. No entanto, o atleta foi derrotado pelo compatriota Wellington Turman, por decisão unânime dos jurados, após três rounds em que pouco fez. Uma das justificativas pela atuação abaixo do esperado foi que Markus passou um momento delicado antes de subir ao octógono e que isso prejudicou completamente a seu rendimento.

“Muita gente não sabe o que acontece nos bastidores. Não é desculpa. A coisa principal para um atleta é a cabeça. A minha cabeça tem que estar bem boa para eu lutar, porque eu uso muito isso na hora que subo no octógono. Se meu psicológico não estiver bom, eu não rendo. Recebi uma ligação no vestiário que me abalou bastante, referente a coisas familiares. Foi bem pesado. Quem me conhece viu que entrei diferente no octógono. Claro que teve méritos do meu rival, mas foi a minha primeira luta que eu não queria lutar, sem vontade. A cabeça estava longe. Mas agora resolvi esse problema e estou com a cabeça boa. Foi um aprendizado e agora sei que não tem que atender o telefone no dia de luta (risos)”, completou.

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