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Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

Marina Rodriguez mostra confiança em ‘title shot’ caso vença main event do UFC Vegas 64

Única atleta do top 3 do peso-palha (52 kg) do UFC a não ter tido uma oportunidade de lutar pelo cinturão da categoria, Marina Rodriguez esperava receber o tão sonhado ‘title shot’ após vencer a chinesa Yan Xiaonan, em março deste ano, chegando, assim, à quarta vitória consecutiva na organização. Porém, a gaúcha viu a ex-campeã Zhang Weili passar sua frente e, com isso, praticamente foi obrigada a aceitar um novo desafio na sua caminhada de olho no topo da divisão. Neste sábado (5), a atleta da equipe ‘Thai Brasil’ encara a compatriota Amanda Lemos na luta principal do UFC Vegas 64, com o objetivo de tentar assegurar uma chance de disputar o título da entidade.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Marina admitiu que a ‘furada de fila’ da ex-campeã chegou a incomodá-la, mas tratou do assunto com serenidade. Ciente de que, diante do cenário apresentado, precisaria voltar ao octógono para se manter em atividade e consolidar, de uma vez por todas, sua posição como a primeira da fila na corrida pelo ‘title shot’, a gaúcha aceitou o duelo contra Amanda Lemos, apesar de considerar o confronto como “sem sentido”, já que a compatriota ocupa apenas a sétima colocação no ranking dos palhas do UFC. Resignada com a situação, Rodriguez agora confia que sua oportunidade deve chegar em caso de nova vitória neste sábado.

“A gente fica um pouco chateada, porque estamos batalhando desde a primeira luta, lutando só com as melhores da categoria, e nenhuma luta é fácil. Aí você vê o resultado, quatro vitórias, e você espera aquele reconhecimento principal. Porque o meu objetivo sempre foi esse: entrar no UFC, vencer luta após luta, melhorar, para poder chegar no cinturão. Então, a gente ficou por um momento pensando: e agora? Com quem a gente vai lutar? Se não for pelo cinturão, com quem a gente vai lutar? E aí colocaram a Amanda Lemos, luta totalmente sem sentido nenhum. Mas, como uma funcionária do UFC e precisando me manter em atividade, a gente vai ter que fazer mais uma luta, passar por mais um desafio para poder, aí sim, chegar lá com toda certeza. Nosso pensamento é só um: é mais uma luta que eu vou ter que vencer para cravar meu nome como a próxima desafiante ao cinturão”, afirmou Marina.

A confiança de Marina, no entanto, não está baseada em uma promessa direta por parte do UFC, como já aconteceu em outros casos. De acordo com a própria lutadora, a organização ainda não se comprometeu em conceder o ‘title shot’ a ela em caso de mais uma vitória. Mesmo assim, a gaúcha mantém o otimismo e utiliza-se da lógica esportiva como seu principal argumento de campanha.

“Aí acho que essa conversa é mais para frente. Eles não vão prometer alguma coisa. Mas vamos deixar rolar porque os resultados é que vão mostrar. Acredito que vencendo a Amanda Lemos, independentemente de que maneira for, não tem como não dar essa oportunidade. Com cinco vitórias consecutivas dentro da organização, aí não faz muito sentido colocar nenhuma outra na minha frente”, sentenciou a dona da terceira posição no ranking peso-palha do UFC.

Oriunda da versão brasileira do programa ‘Contender Series’, Marina Rodriguesz estreou no UFC em 2018 e soma seis vitórias, dois empates e uma derrota na organização. O revés, primeiro e único de sua carreira no MMA profissional, veio diante da atual campeã peso-palha do Ultimate, a americana Carla Esparza, em polêmica decisão dividida dos juízes. Desde então, a gaúcha engatou uma nova sequência positiva, superando Amanda Ribas, Michelle Waterson, Mackenzie Dern e Yan Xiaonan, respectivamente.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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