Leo Santos já venceu nomes como Kevin Lee, em 2015 – Diego Ribas
De maneira geral, lutadores de MMA recebem seus pagamentos apenas quando entram em ação nos octógonos, e no UFC não é diferente. Portanto, não é necessário ser nenhum matemático para concordar que um atleta que não lutou nenhuma vez nos últimos dois anos e meio provavelmente teve que ‘se virar’ para se manter. E é exatamente essa a situação do brasileiro Leo Santos, que, em entrevista exclusiva à Ag Fight, revelou como tem se sustentado nesse período de ‘seca’.
Peso-leve (70 kg) do Ultimate, o lutador não pisa no octógono mais famoso do planeta desde outubro de 2016, quando venceu Adriano Martins. Desde então, lesões – suas e de seus rivais – somados a impasses com o Ultimate fizeram com que Leo Santos não atuasse mais. No entanto, como um bom carioca, o atleta da equipe Nova União deu seu ‘jeitinho’ durante esse hiato em sua carreira.
“Mágica. Mágica, irmão (risos). Como todo brasileiro, sou bom de mágica. Faço dinheiro multiplicar, não tem jeito (risos). É a vida do lutador. A gente sabe que tem a época de seca e a época da bonança. É questão de se programar e organizar. E, graças a Deus, com o nome forte que eu tenho no jiu-jitsu, eu consigo fazer bastante seminário, então foi uma coisa ajudando a outra. Até porque patrocínio no Brasil é muito difícil hoje em dia, então fica mais complicado”, declarou o brasileiro.
Atleta do UFC desde 2013, Leo foi campeão do ‘TUF Brasil 2’ e fez jus às expectativas ao não perder nenhum combate na maior organização de MMA do mundo – foram cinco vitórias e um empate. No entanto, apesar do retrospecto impressionante, o carioca nunca teve uma sequência contra rivais de mais renome, fato que o próprio atleta lamentou em conversa com a Ag Fight.
“Na verdade, eu estava invicto na melhor fase da minha vida, desafiando todo mundo do top 10 ali, e nunca tive a oportunidade. Então não esperava, não (alguém ranqueado para essa luta). Para mim, não foi surpresa nenhuma. É difícil até de entender qual é a jogada do UFC. Porque fui campeão do TUF invicto, tinha tudo para eles me promoverem, ser bem promovido, mas não aconteceu. Então não dá para entender. Venho de cinco vitórias na categoria leve, e nem no top 10 entrei”, contestou Leo.
Já aos 39 anos, Santos afirma que ainda almeja o cinturão do UFC, mas mantém os pés no chão e admite que, por ora, metas menores são mais alcançáveis. O objetivo atual do brasileiro é adentrar ao top 10 dos pesos-leves do Ultimate. E para isso, uma vitória diante de Stevie Ray neste sábado (1º), no UFC Estocolmo, é fundamental.