O card do UFC São Paulo, realizado no último sábado (16), definitivamente não foi positivo para os brasileiros. No confronto direto contra os ‘gringos’, os atletas da casa levaram a pior. E James Krause ajudou a ampliar ainda mais o domínio dos estrangeiros no Ginásio Ibirapuera. Mas o que poucos souberam é que o americano se lesionou durante o confronto diante de Sergio Moraes.
A lesão, porém, não atrapalhou a performance de James, que nocauteou o brasileiro no terceiro assalto. No entanto, em conversa com a imprensa após o show – que contou com a presença da equipe da Ag Fight – o meio-médio (77 kg) destacou o incômodo sentido durante a luta contra Serginho.
“Acho que no primeiro round, em uma das tentativas de defesa de queda, meu dedo ficou preso na grade. Tive que tomar pontos entre os dedos. Perdi meu equilíbrio e tentei agarrá-lo, mas meu dedo ficou preso na grade, mas faz parte do esporte. Percebi isso durante a luta, no intervalo dos rounds, olhei para baixo e vi sangue no chão, mas tinha coisas mais importantes para lidar naquele momento”, revelou o atleta da ‘Glory MMA’.
Oriundo da trocação, Krause sabia que seu rival, especialista em jiu-jitsu, tentaria levar o combate para o solo. No entanto, já preparado, o americano destacou que a estratégia de sua equipe, aos poucos, minou o objetivo e o gás do brasileiro. Isso se tornou evidente no último assalto, quando Serginho, deitado, chamou James para duelar no chão.
“A luta foi exatamente como eu esperava. Sabia que ele viria tentando derrubar e usar seu jiu-jitsu, porque ele já foi nocauteado algumas vezes. Sabia que ele iria desacelerar e cansar com o tempo, consigo manter o ritmo durante os 15 minutos. Achei que ia nocautear ele com uma joelhada ou cotovelada, mas a mão direita também serviu. Foi tudo como eu e minha equipe planejamos”, pontuou James, antes de comentar sobre o momento no fim do confronto.
“Eu não o culpo, eu provavelmente me chamaria para o chão também se fosse ele. Cheguei a ir para o chão com ele no primeiro round e reverti a posição. Também sou faixa-preta, ele não é o único do UFC. Ele é campeão mundial de jiu-jitsu e certamente é um grappler fenomenal, mas não é o primeiro cara assim que enfrentei. E isso não é só luta agarrada, é MMA, a posição de guarda não significa nada quando se pode lançar cotoveladas e socos no rival. Sinto que é o meu momento agora”, concluiu.
Com o resultado positivo em São Paulo, Krause acumulou seu sexto triunfo seguido na companhia. Com a boa fase, o americano vai, aos poucos, se aproximando do ranking e do top 15 da categoria do UFC.