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Kayla Harrison cogita “sacrifício” de descer de categoria por legado no MMA

Com menos de dois anos de carreira, Kayla Harrison já conquistou o título peso-leve (70 kg) da temporada 2019 do PFL e figura entre os nomes mais reconhecidos do MMA feminino mundial. Bicampeã olímpica no judô, a americana tem dominado a concorrência em sua categoria com relativa tranquilidade e provado que sua escolha ao migrar de esporte foi acertada. Apesar disso, a ex-judoca tem objetivos mais audaciosos em mente e, para alcançá-los, admite que pode fazer uma mudança significativa no futuro próximo: descer para o peso-pena (66 kg).

No judô, onde a pesagem é realizada no dia da competição, Kayla competia na categoria até 78 kg. No MMA, com um dia de separação entre o compromisso com a balança e a luta, a americana consegue se apresentar no peso-leve sem dificuldades. Ao site ‘MMA Junkie’ durante o media day da ‘Dominance MMA’ – empresa que gerencia sua carreira-, Harrison ressaltou que se sente satisfeita por não passar pelo desgaste do corte de peso excessivo, mas admitiu que, se quiser ser reconhecida como uma das melhores lutadoras de todos os tempos, provavelmente terá que descer para a divisão até 66 kg, onde se concentram algumas das principais atletas da atualidade, como as campeãs Amanda Nunes, do UFC, e Cris ‘Cyborg’, do Bellator. Com isso, o futuro da ex-judoca também pode apontar para uma mudança de organização, já que no PFL a única classe de peso feminina atualmente é a leve, com adversárias, em sua maioria, já superadas por ela.

“Eu não amo a ideia de (lutar) até 66 kg, mas estou disposta. Todo mundo tem um preço, certo? Eu acredito firmemente em não cortar peso. Eu acredito firmemente no estilo de vida que eu levo. Mas obviamente eu entendo que se eu quiser terminar como uma das maiores de todos os tempos, eu provavelmente terei que lutar até 66 kg, e esse é um sacrifício que eu estou disposta a fazer a fim de alcançar os objetivos que eu tracei para mim mesma”, declarou Kayla, antes de completar.

“Estou muito feliz no PFL. Eu amo o que eles estão fazendo. Amo como eles mudaram o jogo. Eu amo ser um modelo e a garota-propaganda da promoção deles. Mas o tempo dirá. Vamos ver o que acontece. Um ano por vez, uma luta por vez, um minuto por vez, uma troca por vez – isso é tudo que eu posso fazer”, finalizou a americana.

Com carreira laureada no judô, onde foi rival por anos da brasileira Mayra Aguiar, Kayla conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro, em 2012 e 2016, respectivamente. No MMA profissional desde junho de 2018, a americana continua invicta em sua carreira, com sete triunfos, os quatro últimos válidos pelo torneio peso-leve 2019 do PFL, vencido por ela ao derrotar Larissa Pacheco por pontos, no dia 31 de dezembro do ano passado.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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