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Divulgação/PFL

Eventos internacionais

Kayla Harrison anuncia adeus ao GP anual do PFL e foco nas “grandes lutas” em 2023

No próximo dia 25 de novembro, Kayla Harrison subirá no cage do PFL para encarar a brasileira Larissa Pacheco e disputar sua terceira final do torneio anual da organização. Campeã do peso-leve (70 kg) nas duas edições anteriores, a ex-judoca deve fazer sua despedida deste tipo de competição nesta temporada.

Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, a principal estrela do PFL admitiu que pretende se aposentar do sistema de GP no qual tem competido pela liga desde seu início no MMA e apostar em superlutas contra atletas renomadas, de olho em ampliar seu legado.

Caso vença Larissa Pacheco no dia 25 de novembro, Harrison confirmará seu domínio absoluto sobre as rivais até 70 kg na organização e, de quebra, faturará mais um milhão de dólares, prêmio dado aos campões dos torneios anuais de cada categoria do PFL. O compromisso de atuar quatro vezes, no mínimo, para chegar na grande final de cada temporada cobrou um preço alto à americana, que admite estar desgastada mentalmente e fisicamente.

“Sim, essa vai ser a minha última temporada. Eu estou com 32 (anos). Quando eu digo que isso é um trabalho muito duro mental e físico para chegar ao título, certamente é. Eu não consigo me imaginar batendo 66 kg quatro vezes em seis meses. Eu acho que isso é, para mim, impossível. Eu sou hipoglicêmica. Seria um risco à saúde, e eu não atuaria no meu melhor se eu fizesse isso com o meu corpo. Eu sei que é hora para eu ser paciente e pegar as grandes lutas”, afirmou Kayla, antes de continuar.

“Eu tenho tudo que quero. Tudo que eu tenho é o suficiente. Eu sou agradecida e abençoada além da medida. Financeiramente abundante. Três títulos, não vamos ficar gananciosos. Eu estou feliz com isso. Estou pronta para ser paciente e esperar pelas lutas que vão realmente catapultar meu legado”, finalizou.

Apesar de seus feitos, a ex-judoca ainda é vista com desconfiança por parte da comunidade do MMA, justamente por enfrentar rivais de nível questionável na maioria das vezes durante o torneio anual do PFL. Com o foco voltado para as grandes lutas, Kayla poderá, enfim, pleitear a realização de confrontos contra adversárias de renome, como a brasileira Cris ‘Cyborg’, campeã peso-pena (66 kg) do Bellator, uma potencial oponente já citada pela americana.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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