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Júnior ‘Cigano’ relembra lesão grave e celebra retorno ao UFC: “Dose de adrenalina”

Júnior ‘Cigano’ busca reconquistar o cinturão dos pesos-pesados do UFC – Evelyn Rodrigues

Em outubro de 2019, Júnior ‘Cigano’ sofreu um grande susto às vésperas de um combate. Escalado para encarar Alexander Volkov no UFC Moscow, o brasileiro foi obrigado a abandonar o card após ser diagnosticado com uma infecção bacteriana na perna. E ao relembrar do incidente, o ex-campeão peso-pesado do Ultimate admitiu que as consequências da lesão poderiam ter sido muito mais preocupantes para sua carreira.

Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, o brasileiro destacou que não tinha noção da gravidade da infecção até ser diagnosticado por um profissional. E prova disso é que Cigano ainda pensava que teria condições de se recuperar a tempo para lutar contra o gigante russo. Mas depois de ouvir a opinião dos médicos, o peso-pesado se deu conta de que ficaria um bom tempo afastado dos octógonos.

“Foi extremamente sério. Passei uma semana no hospital pensando que seria liberado e lutaria (com o Volkov), mas o médico veio até mim e disse: ‘Você não entende o quão sério isso é’. Ele disse que eu tive sorte de ser saudável e que fui ao hospital em rápido, caso contrário eu poderia ter ido direto para a UTI. Eu poderia ter perdido a perna ou até morrido (caso demorasse para ir ao hospital)”, relembrou Júnior, antes de revelar o que lhe veio à cabeça no momento.

“Foi quando eu realmente entendi o quão grave era a situação. A primeira coisa que me veio à cabeça foram meus filhos e minha família, como somos frágeis. Eu estava me sentindo ótimo, forte, feliz, treinando para uma luta …. Tudo estava certo, e de repente isso acontece. Foi um golpe enorme”, completou o lutador de 35 anos.

Cerca de quatro meses após a lesão, Cigano está próximo de voltar à ativa. O brasileiro encara Curtis Blaydes na luta principal do UFC Raleigh, agendado para o dia 25 de janeiro. Após o ‘susto’ sofrido com a infecção na perna, o ex-campeão admitiu que seu retorno ao Ultimate serviu como uma injeção de ânimos e o motivou para galgar novamente até o topo da divisão.

“Foi como uma dose de adrenalina (aceitar essa luta). Não escolho oponentes e nunca escolherei. Estou aqui para lutar com os melhores porque realmente acredito que posso reconquistar o cinturão, e vou reconquistar. É questão de tempo e trabalho duro. Essa categoria é bem perigosa, então há muito trabalho a se fazer”, projetou Cigano.

Em sua trajetória como profissional, o brasileiro soma 21 vitórias e seis derrotas. Já Curtis, seu próximo rival, detém um cartel com 12 triunfos e dois reveses.

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