O Brasil possui uma das escolas mais tradicionais no judô mundial e provou isso novamente neste domingo (28). Afinal de contas, a primeira medalha do país nos Jogos Olímpicos de Paris veio da modalidade. Em sua primeira participação olímpica, William Lima conquistou a prata na categoria meio-leve (66 kg). Entre as mulheres, Larissa Pimenta também brilhou nos tatames, faturando o bronze na divisão até 52 kg.
Para se credenciar até a grande decisão, William precisou desbancar quatro adversários nas fases anteriores. Na disputa pelo ouro, o brasileiro enfrentou o tetracampeão mundial e campeão olímpico em Tóquio Hifumi Abe. O japonês, que não perde uma luta em competições oficiais desde 2019, derrotou Lima por ippon – resultado da soma de dois waza-ari.
Já Larissa fez sua segunda participação em Olimpíadas. Após ser eliminada nas oitavas em Tóquio, a brasileira melhorou consideravelmente seu desempenho em Paris. Confiante, a judoca desbancou duas adversárias nas lutas iniciais. Nas quartas, porém, um revés para a francesa Amandine Buchard levou Pimenta para a repescagem – onde também se destacou, se credenciando para a disputa do bronze. Mas pela frente estava a atual campeã mundial, a italiana Odette Giuffrida. Em um combate extremamente parelho, Larissa levou a melhor após sua rival receber o terceiro ‘shido’ – punição por falta de combatividade.
Judô mantém alto rendimento
Com as conquistas de William e Larissa, o judô brasileiro faturou, ao longo dos anos, 26 medalhas olímpicas – quatro de ouro, quatro de prata e 18 de bronze. O esporte se isola ainda mais como a modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Em Paris, o ‘Time Brasil’ ainda conta com grandes nomes que podem aumentar ainda mais tal retrospecto, como Mayra Aguiar, Rafaela Silva e Daniel Cargnin.