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Jon Jones durante entrevista no UFC 286, após sua vitória sobre Ciryl Gane.
O ex-campeão do UFC quebrou o silêncio sobre o caso após ter as acusações contra ele retiradas - Louis Grasse/PxImages

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Jon Jones se pronuncia após ser absolvido por suposta fuga de acidente: “Nunca estive lá”

Na tarde da última terça-feira (2), Jon Jones se viu livre de mais um eventual problema com a lei. Acusado criminalmente de supostamente se envolver em um acidente e fugir do local, o ex-campeão do UFC, após investigação do caso, viu as acusações contra seu nome serem retiradas, sendo absolvido judicialmente. E não demorou muito para que ‘Bones’ se pronunciasse sobre o episódio. Através de suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), o ‘GOAT’ do MMA quebrou o silêncio, reforçou sua inocência e questionou o ‘modus operandi’ da Polícia de Albuquerque para lidar com a situação.

Vale ressaltar que, anteriormente, antes mesmo de ter sido inocentado oficialmente, o advogado de Jones, Christopher Dodd, já havia acusado o departamento de polícia local de perseguição contra o astro do UFC, alegando insuficiência de provas para indiciar seu cliente das acusações. Essa linha de raciocínio foi ratificada pelo próprio lutador, que ainda relembrou que a ‘bomba’ envolvendo seu nome ainda colocou em segundo plano um momento importante de sua carreira, o anúncio de sua então aposentadoria.

“Gostaria de agradecer ao Ministério Público por revisar cuidadosamente os fatos e, por fim, me absolver completamente. Sempre acreditei na importância da verdade e da justiça, e sou grato pelas evidências falarem por si. O simples fato é este: eu nunca estive lá. Nem saí de casa naquela noite (do acidente), e todas as evidências provaram isso”, frisou Jones, em parte de seu comunicado.

Relembre o caso

De acordo com os registros policiais, o incidente – que não contou com lesões graves ou mortes – ocorreu no dia 24 de fevereiro. Entretanto, Jones só foi indiciado meses depois, mais precisamente no dia 17 de junho. Na cena do acidente, uma mulher foi encontrada no banco do passageiro “apresentando sinais de embriaguez significativa e sem roupas da cintura para baixo”. Na chegada da polícia, a mulher teria dito aos agentes que Jon Jones era o motorista do carro. Em seguida, ela ligou para o astro do UFC e entregou seu celular para um dos oficiais, que relatou que o homem que atendeu, ao qual eles acreditavam ser o ex-campeão, “parecia estar fortemente embriagado e fez declarações violentas”.

A mulher admitiu à polícia que ingeriu álcool e consumiu cogumelos na casa de Jones e, quando se deu conta, já estava no local do acidente. Ela disse à polícia que a última pessoa de quem se lembrava dirigindo seu veículo era Bones. O lutador, por sua vez, interrogado dias depois, alegou que a mulher de fato esteve em sua residência com sinais de embriaguez, e que teria ligado para ele após se envolver no acidente de trânsito

Confira o pronunciamento completo abaixo:

“Gostaria de começar agradecendo ao Ministério Público por revisar cuidadosamente os fatos e, por fim, me absolver completamente. Sempre acreditei na importância da verdade e da justiça, e sou grato pelas evidências falarem por si. O simples fato é este: eu nunca estive lá. Nem saí de casa naquela noite (do acidente), e todas as evidências provaram isso.

Neste caso, houve uma pressa em julgar antes que qualquer evidência real fosse reunida. Entendo que, no tribunal da opinião pública, as alegações podem ter parecido críveis, especialmente considerando meus erros passados. Mas, quando essas alegações se tornaram públicas, eu tinha acabado de me aposentar das competições, e esse momento foi roubado de mim por alguém que fez falsas acusações para evitar responsabilização real por uma infração por dirigir sob efeito de álcool.

Espero sinceramente que essa pessoa seja responsabilizada pelas autoridades policiais de Albuquerque. Eles não apenas atrapalharam minha aposentadoria, como também fizeram nosso departamento de polícia parecer negligente no processo. É profundamente preocupante que, no mundo de hoje, uma única acusação falsa possa tirar tanto de alguém antes mesmo que qualquer evidência seja considerada”, escreveu Bones.

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Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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