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Jon Jones condena ação policial em morte de cidadão negro nos EUA

A morte de George Floyd, de 46 anos, ao ser alvo de uma operação policial em Minneapolis (EUA), na última segunda-feira (25), chocou o mundo. Diversas figuras públicas se manisfestaram sobre o novo episódio de brutalidade e despreparo de oficiais da lei – especialmente contra membros da comunidade afro-descendente dos Estados Unidos. E Jon Jones, campeão meio-pesado (93 kg) do UFC, também aproveitou sua posição, como importante nome no esporte mundial, para criticar a ação da polícia e pedir por mudanças, através de suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

Imobilizado no chão pelos oficiais presentes, George Floyd foi algemado enquanto um dos policiais mantinha seu joelho sobre seu pescoço, causando o corte da circulação sanguínea do homem, acusado de cometer crime de falsidade ideológica. Mesmo após inúmeros pedidos para que o policial aliviasse a pressão exercida, a ação se manteve por alguns minutos. Levado ao hospital posteriormente, George não resistiu e morreu.

Consternado com as imagens vistas no vídeo da ação policial que levou à morte de George, Jon Jones não poupou críticas e clamou por uma mudança na forma como a polícia interage com o suspeito negro. O lutador ainda afirmou que não desejaria nem ao seu pior inimigo a “tortura” pela qual a vítima passou. E ressaltou que qualquer um com conhecimento básico de jiu-jitsu reconheceria o estrangulamento sanguíneo aplicado pelo policial.

“Eu não desejaria a forma como George Floyd foi assassinado para o meu pior inimigo. Aquele oficial aplicou a pressão suficiente para mantê-lo vivo por quase seis minutos naquele estrangulamento. Em todos os meus anos de luta, eu posso dizer honestamente que nunca experimentei nem perto daquele nível de tortura”, escreveu Jon Jones em seu ‘Twitter’.

“É preciso ter uma mudança política nacional. Quando um homem está algemado e gritando que não consegue respirar, saia de cima do seu peito ou pescoço. Se você não consegue segurar um homem algemado pelos seus pés, você é um maricas e provavelmente não deveria usar esse distintivo”, continuou o campeão do UFC.

“Todo esse papo de ‘se você pode falar, você pode respirar’ é baboseira. O que aquele homem passou foi pior do que se afogar. O cara literalmente, em um momento, chorou pedindo ajuda a sua mãe. Aquele policial foi repugnante e todos os outros policiais, marrom, branco, amarelo, todo cidadão desse país deveria estar p… Nós precisamos de justiça”, desabafou o lutador.

“Qualquer um que tenha treinado o básico de jiu-jitsu reconhece um estrangulamento sanguíneo quando vê. Aquilo foi claro como o dia. #assassinato #tortura”.

“É o mesmo conceito do estrangulamento ‘OSP’. A angústia que aquele homem devia estar experimentando deve ter sido insuportável”, disse Jones, que utilizou o estrangulamento frequentemente utilizado por Ovince Saint Preux nos octógonos do UFC como comparação.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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