Durante anos, os irmãos Vitali e Wladimir Klitschko enfrentaram, e derrotaram, os mais perigosos adversários do boxe para dominar a divisão dos pesos-pesados. Agora, as lendas da nobre arte têm pela frente uma batalha muito mais difícil e de proporção inimaginável. Com a invasão russa ao território da Ucrânia, iniciada na última quinta-feira (24), os ex-campeões mundiais prometem pegar em armas para defender seu país de origem.
Há cerca de três semanas, com a possibilidade cada vez maior de uma iminente invasão da Rússia à Ucrânia, Wladimir já havia se alistado no exército de seu país para defendê-lo em uma possível guerra. Agora, foi a vez do irmão mais velho, Vitali – prefeito de Kiev, capital ucraniana – se colocar à disposição de seu povo.
“É uma situação muito difícil. Nós estamos diante de um dos maiores e mais fortes exércitos do mundo. Mas nós temos que defender nossas famílias, nosso país, nossas cidades. Nós não temos outra escolha. A Ucrânia sempre foi um país pacífico, de pessoas pacíficas. Mas, neste momento, nós temos que pegar em armas e lutar”, declarou Vitali, em entrevista ao ‘Good Morning Britain’, antes de completar.
“Já é uma guerra sangrenta. Já existem ucranianos mortos. Nós não temos o número exato, mas nós sabemos, muitos exemplos neste momento. Eu não tenho outra escolha (a não ser pegar em armas), eu tenho que fazer isso. Eu lutaria”, concluiu o ex-campeão mundial e atual prefeito de Kiev.
Sob o comando do presidente Vladimir Putin, a Rússia invadiu o território ucraniano na última quinta-feira, dando início a uma guerra entre países que já estiveram lado a lado sob a bandeira da extinta União Soviética. O confronto já provocou a morte de centenas de civis ucranianos e causou terror na população local, com inúmeras pessoas tentando fugir do país em busca de segurança, especialmente para perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia.