Turman vem de finalização sobre Márcio ‘Lyoto’ – Marquinhos Santos/Future FC/Divulgação
O caminho de Wellington Turman este ano estava ligado a três organizações — e nenhuma delas era o UFC. Em abril, o curitibano venceu Márcio ‘Lyoto’ no Future FC, ganhando um contrato com o LFA. Antes de se preparar para o combate na liga americana, entretanto, o peso-médio (84 kg) fechou um combate para 28 de junho no Max Fight. No fim das contas, veio o contato do Ultimate para a estreia neste sábado (13), contra Karl Roberson, no UFC Sacramento. A empolgação com a mudança de rumos deixou Turman ousado: especialista no jiu-jitsu, ele garantiu à Ag. Fight que vai tentar nocautear seu adversário.
Wellington teve pouco menos de um mês para adaptar seus treinamentos para o debute no octógono. Como já se preparava para enfrentar Mário Souza no Max Fight, o paranaense não precisou iniciar um camp. No entanto, a alteração de rival, de evento e até de país sempre é um desafio a mais. Até por isso, Turman mostrou sentimentos ambíguos: serenidade e deslumbre com a estreia na maior organização de MMA do mundo.
“Eu estou bem tranquilo com isso. Nervosismo sempre tem um pouco, porque você vai entrar lá pra sair na mão com um cara. E faz até bem, deixa o cara mais esperto. Não vou sentir pressão, é só mais um dia de trabalho. Eu estou feliz demais de fazer o que eu sempre quis fazer. É meu sonho. Desde que eu comecei a treinar, meu sonho era entrar no UFC”, falou, antes de analisar a diferença de ambiente na semana da luta entre organizações do Brasil e o Ultimate.
“Muda demais. O UFC é muito diferente dos eventos normais. Já lutei em vários eventos nacionais e internacionais, mas o UFC é um nível realmente elevado. Todo atleta precisa passar por isso: passar pelos eventos nacionais, fazer cartel e entrar no UFC. A gente já passou por essa fase, agora é aproveitar a fase boa”, comentou Wellington, cuja principal experiência internacional anterior foi realizada ‘em casa’, no Brave, em agosto de 2017, quando o evento visitou Curitiba.
Turman afirmou que pretende nocautear Roberson, embora seja um especialista em jiu-jitsu. Foi pela arte suave que conquistou sete dos seus 15 triunfos, incluindo o mais recente, diante do ex-UFC Márcio ‘Lyoto’. No entanto, o peso-médio garante que não está blefando em sua vontade de nocautear.
“Se eu tiver oportunidade, eu vou derrubar e vou pegar (em uma finalização). Mas eu vou trocar porrada com esse cara. Eu estou querendo nocautear no primeiro round. Vou buscar o nocaute nessa luta. Eu quero provar que não sou um atleta só de jiu-jitsu, quero provar que minha trocação é muito boa, então eu vou em busca do nocaute. O Roberson tem bastante pontos fracos na luta em pé. Mas isso vocês vão ver lá no dia o que vai acontecer (risos). Mas eu vou em busca do nocaute, pode anotar aí”, concluiu.
Com apenas 22 anos, Wellington Turman já tem bastante experiência: fez 17 lutas profissionais e só sofreu duas derrotas, ambas por decisão unânime: para Gian Siqueira, no XFC 12, em 2015, e para Carlston Harris, pelo Imortal FC 6, em 2016.