Embalado com três vitórias seguidas, Glover Teixeira tem compromisso marcado para o dia 25 de abril, diante de Anthony Smith, no duelo principal do UFC Lincoln. No entanto, o evento está sob risco devido à pandemia de coronavírus pelo mundo. Até o momento o Ultimate já cancelou três edições, porém, de acordo com o brasileiro o seu show ainda está mantido, e ele segue na esperança de se apresentar normalmente na data programada.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o atleta natural de Sobrália (MG) admitiu que continua seu planejamento normal de luta, com treinamentos específicos em sua academia ‘Teixeira MMA’, localizada em Danbury (EUA). Ciente do risco do evento cair, o brasileiro revelou que até o momento não recebeu nenhuma notificação da organização e torce para a pandemia chegar ao fim em breve.
“O UFC não falou nada, mas o evento está marcado ainda, não desmarcaram nada. Mas ainda estou treinando como se fosse lutar, me preparando para essa luta e torcendo para esse coronavírus seja algo que possamos combater rápido, não seja algo que fique paralisando tudo por muito tempo e voltemos a nossa vida normal o mais rápido possível. Se tiver que remarcar, fazer o quê? É algo que não está no nosso controle. É pensar positivo e esperar o melhor”, revelou o lutador, antes de comentar sobre seus treinos que, por ora, ainda estão sem maiores restrições.
“Estou mantendo o treino normal com o pessoal. Ainda está normal aqui, mas com bastante cuidado com a higiene, falando com meu parceiro para manter tudo cuidado. Só estamos indo para casa e academia. Minha academia está fechada para o público, mas a gente abre durante o dia. Ainda não proibiram de sair de casa. Mas se proibir, tenho tudo em casa. Estou tentando trazer o KLB para cá, porque está difícil de voo do Brasil para cá. Aqui em casa tem tatame, tem tudo certo. Estou 100% e focado nessa luta. Não queria que o UFC cancelasse, mas ao mesmo tempo estou com cautela sobre esse coronavírus. Quero que eles decidam. Se for para botar as pessoas em risco, não queria continuar”, completou o meio-pesado (93 kg).
Como padrão, o Ultimate só paga seus atletas após eles se apresentarem. No entanto, dessa vez, caso o evento seja cancelado, ainda não existe uma posição oficial da franquia se eles vão depositar algo para os lutadores, já que a queda do show foi por força maior. Questionado sobre esse prejuízo financeiro, Glover preferiu não entrar no mérito e mantém seu foco somente na torcida pelo fim do coronavírus.
“Hoje a maioria das pessoas vai tomar um prejuízo com esse vírus maldito que veio para atormentar a galera. É uma coisa que e temos que levar a vida dia a dia. É manter a saúde e a sobrevivência. Isso já é lucro. Não temos nem que olhar o lado financeiro”, finalizou.
Glover Teixeira disputou o cinturão da categoria em abril de 2014, mas acabou derrotado na decisão unânime dos juízes pelo campeão Jon Jones. Atualmente, o brasileiro ocupa a oitava posição no ranking da divisão. Em sua última apresentação, o brasileiro derrotou Nikita Krylov, em setembro de 2019 por decisão dividida dos jurados e chegou a marca de três triunfos seguidos.