Gervonta aumentou sua invencibilidade no boxe – Sean Michael Ham/Mayweather Promotions
Com apenas 25 anos de idade, Gervonta Davis vai, aos poucos, se firmando como um dos melhores pugilistas de sua geração. Campeão mundial do peso super-pena (59 kg), o americano decidiu se aventurar na categoria de cima no último sábado (28). Em duelo válido pelo cinturão peso-leve (61 kg) da Associação Mundial de Boxe (WBA), ‘Tank’, como é conhecido, venceu Yuriorkis Gamboa por nocaute no 12º round e conquistou seu segundo título mundial.
Melhor desde o início da disputa, Gervonta dominava o centro do ringue e atingia o rival com potentes golpes – sobretudo os de esquerda. As canhotas precisas levaram Gamboa ao solo por duas vezes, nos rounds dois e oito. Mas o golpe derradeiro veio no 12º assalto. Um ‘uppercut’ em cheio levou Yuriokis à lona e levantou o público presente na ‘State Farm Arena’, em Atlanta (EUA).
“Indo para essa luta, sabia que Gamboa era um oponente duro. Sabia que era um cara experiente. Como você viram no ringue, estava pegando e machucando ele, mas ele continuava lá. Sabia que ele era melhor do que qualquer um que já havia enfrentado. Então estava focado em acertá-lo com golpes limpos. Mas mesmo acertando, não estava machucando tanto ele, então me dei conta que isso levaria vários rounds”, ressaltou Davis, antes de projetar seu futuro.
“Foi uma grande experiência. Tenho apenas 25 anos de idade, e aprendo a cada dia. 2020 será um grande ano. Me sinto confortável em ambas as categorias. Sei que poso lutar com 59 kg ou com 61 kg. Estou no topo, cara. Podem vir”, completou o americano, em comunicado enviado à imprensa.
Com o triunfo, Gervonta manteve sua invencibilidade no boxe profissional e conquistou sua 23ª vitória – sendo 22 destas sendo conquistadas por nocaute ou nocaute técnico.
Na luta co-principal do show, um duelo bem mais equilibrado. Atual campeão, Jean Pascal defendeu seu cinturão dos meio-pesados (79 kg) da Associação Mundial de Boxe (WBA) ao derrotar Badou Jack por decisão dividida dos juízes. Dois dos árbitros responsáveis pelo confronto pontuaram 114-112 a favor do campeão canadense, enquanto um juiz marcou 114-112 em favor do desafiante sueco.
A disputa pode ser dividida em duas partes. Na primeira metade, domínio total do campeão, que chegou a derrubar Badou no quarto round. Após o sétimo assalto, entretanto, o combate mudou de mãos. Mais inteiro, o desafiante aumentou o ímpeto e também chegou a derrubar Pascal no último e derradeiro round. Mas a recuperação não foi o suficiente para virar o confronto na visão dos juízes, que pontuaram, de forma dividida, a luta em favor do canadense.
“Ganhei essa luta, foi uma luta bem parelha, mas eu ganhei. Badou é um grande lutador, mas ninguém pode dizer que ele foi roubado, porque eu venci. Sou o campeão. Sinto que estava no controle durante todo o duelo, me mantive no centro do ringue na maior parte do tempo. Sou capaz de terminar cada round muito forte, com pressão. Badou, obrigado pela luta. Sei que os fãs gostaram do show, aceito a revanche em qualquer data”, declarou Pascal.
