A detecção de eritropoetina (EPO) no corpo de TJ Dillashaw iniciou uma onda de opiniões sobre a maneira com que a USADA (agência antidoping americana) conduz a fiscalização de substâncias proibidas nos atletas da organização. Mas, se a maioria dos comentários foram elogiosos em relação ao trabalho da entidade, Cody Garbrandt se coloca no canto oposto.
Segundo o ex-campeão dos pesos-galos (61 kg), a USADA mentiu para os lutadores e o público ao dizer que conservaria amostras de testes anteriores para, se fosse preciso, realizar novos testes. Garbrandt afirmou no Twitter (veja abaixo ou clique aqui) que, em uma das lutas contra Dillashaw, avisou à agência que o rival fazia uso de EPO e, mesmo assim, nada aconteceu.
“Eu pedi exames antidoping mais rigorosos quando fui escalado para lutar contra TJ. Eu inclusive avisei o que ele estava usando, e mesmo assim ele não foi testado. Agora, a USADA está dizendo que não podem analisar a urina congelada porque eles não tinham dinheiro para armazená-la?”, escreveu, antes de protestar contra o que seria uma desculpa da agência.
“Fui testado pela USADA mais de 30 vezes e, destas, menos de dez foram amostras de sangue. Só algumas coisas podem ser rastreadas pela urina. Quem trapaceia sempre vai dar um jeito de trapacear, especialmente em um sistema simples (…) Eles mentiram para nós. Eles disseram que poderiam analisar amostras congeladas antigas de urina, mas agora não podem, porque eles não têm dinheiro para armazenar as amostras!”, criticou.
Até por causa de sua rivalidade pessoal com TJ, Garbrandt foi o lutador que reagiu mais raivosamente em relação ao doping de TJ. Cody chegou a dizer que só perdeu para atletas que se dopavam – além das duas derrotas para Dillashaw, o americano foi nocauteado por Pedro Munhoz no mês passado.