No último dia 6 de junho, Conor McGregor anunciou, mais uma vez, que estava se aposentando do MMA ao apontar a falta de desafios no UFC como grande razão. Seu descontentamento também se devia ao à recusa do evento em casar seu confronto contra Justin Gaethje, que deve enfrentar Khabib Nurmagomedov somente em setembro deste ano, pela unificação dos cinturões do peso-leve (70 kg). Ciente dessa declaração do irlandês, o campeão interino da divisão deixou a rivalidade de lado e não poupou elogios ao rival.
Em entrevista à ‘ESPN’ americana, Gaethje afirmou que a possibilidade de retorno de Conor ao octógono deve depender do resultado do seu confronto contra o invicto russo, que já venceu o irlandês e que, ao mesmo na sua forma de pensar, parece motivar a aposentadoria do falastrão.
“Acho que ele deveria esperar pelo vencedor da minha luta com Khabib. Se eu ganhar, acho que ele definitivamente volta. Se Khabib vence, eu não sei. Não tenho certeza sobre isso. (Conor) é uma lenda, cara. O que ele fez foi um status lendário. Nunca vou tirar isso dele. Ele merece crédito. Ele realizou muito neste esporte. O que todo lutador quer alcançar, ele conquistou, então tiramos o chapéu para ele. Mal posso esperar para dar um soco na cara dele”, afirmou o campeão interino, antes de completar como ele veria um confronto diante de Conor.
“O controle da distância é o fator número um em qualquer luta. É estabelecido nos primeiros 30 segundos. Não é visível, mas está estabelecido, e isso seria um grande fator em nossa luta. Quem pode controlar a distância? Acho que o melhor de mim é que posso chutar as pessoas, então quando elas estão tentando controlar a distância ou talvez estejam ganhando, eu posso chutá-las na perna e tentar redefinir isso. Então eu acho que o derrubaria para ser honesto. Eu acho que ele tem cerca de três rounds, e então é o inferno, e ele não quer ir para o inferno”, completou o lutador que não é derrotado desde 2018.
No UFC desde 2017, Justin Gaethje soma cinco vitórias, todas por nocaute, e duas derrotas no octógono mais famoso do mundo. Em todas as suas lutas pela liga até o momento, o americano foi premiado com algum bônus da noite, mesmo em seus reveses. Em sua última apresentação, o americano foi dominante e derrotou Tony Ferguson por nocaute, no UFC 249 e conquistou o cinturão interino dos leves, em maio deste ano.
Já Conor McGregor, conquistou o cinturão peso-pena (66 kg), em 2015, ao nocautear José Aldo com 13 segundos de luta e, em 2016, o irlandês faturou o cinturão do peso-leve (70 kg), ao derrotar Eddie Alvarez, também por nocaute. No entanto, perdeu o título por inatividade, já que ficou focado em luta de boxe contra Floy Mayweather neste tempo. Na tentativa de recuperar sua coroa, em outubro de 2018, foi finalizado por Khabib Nurmagomedov. Em seu retorno ao Ultimate, em janeiro deste ano, o irlandês nocauteou Donald Cerrone, com apenas 40 segundos de luta, na luta principal do UFC 246.