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‘Cabocão’ mira ser o “funcionário do ano” para entrar no ranking do UFC em 2020

‘Cabocão’ soma nove vitórias e apenas uma derrota como profissional de MMA – Divulgação UFC

Felipe ‘Cabocão’ tem um roteiro ideal bem definido para 2020. Mas para isso, o peso-galo (61 kg) terá que romper com um retrospecto recente de inatividade dentro dos octógonos. Com apenas duas lutas nos últimos dois anos, o brasileiro promete recuperar o tempo perdido e se tornar o ‘funcionário do ano’ no UFC. Desta forma, com mais aparições na companhia, o atleta da ‘Team Nogueira’ afirma que estará próximo de seu principal objetivo no ano: entrar no ranking de sua categoria no Ultimate.

Durante entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Cabocão revelou que a estratégia é se manter ativo na organização para ganhar prestígio e se manter em evidência. E o primeiro desafio do brasileiro no ano será no próximo sábado (25), quando encara Montel Jackson no UFC Raleigh.

“Na temporada de 2020 eu falo que serei funcionário do ano (risos). Quero trabalhar bastante, quero estar lutando o máximo de vezes possível. Estar trabalhando, hoje estou dentro do UFC e me sinto ainda mais encantado com a luta. Estou realizando um sonho. Então quanto mais vezes eu conseguir estar dentro do octógono esse ano, melhor. Única vez que comecei o ano lutando foi em 2019, fiz duas lutas em um ano. E agora já estou fazendo a primeira em janeiro. Quanto mais lutas possíveis, melhor”, projetou, antes de revelar seu objetivo para a temporada.

“Falo para todo mundo que não quero dar um passo maior que minha perna e tropeçar. Mas acredito que o ano de 2020 seria um ano perfeito para mim se eu acabasse entre os top 15 da categoria peso-galo, que eu sei que é uma categoria muito disputada. Eu terminando 2020 entre os top 15 seria ótimo porque em 2021 eu já buscaria top 10, depois top 5, depois uma disputa de cinturão. Espero terminar o ano, na virada do ano, estando nos top 15. Claro que eu posso subir mais rápido com vitórias expressivas, mas top 15 para este ano está de bom tamanho, não quero dar um passo maior que a perna”, completou Felipe.

Mas para se manter firme na briga por uma vaga no top 15 dos pesos-galos, uma vitória no UFC Raleigh para começar o ano com o pé direito é fundamental. Após estudar seu adversário, Cabocão previu um duelo equilibrado, mas que, em caso de vitória, pode beneficiá-lo ainda mais, já que, de acordo com o brasileiro, Jackson é um lutador com certa fama nos EUA – país onde os dois se enfrentam no sábado.

“Acredito que vai ser uma luta muito importante para mim pelo fato dele ser um cara expressivo aqui fora, e dentro do UFC também. Tem um cartel bom, é um cara que tem um cartel parecido com o meu. Então deve ser uma luta muito boa e bem técnica, que vai ser decidida nos mínimos detalhes. Tenho trabalhado dia após dia com meus treinadores para sair vitorioso”, ressaltou o brasileiro, antes de detalhar sobre o confronto de estilos dos dois.

“Ele é um cara que tem o background de wrestling também, pelo que estudei. Ele começou no wrestling e depois foi migrando para outras artes marciais. E quando entrou no MMA, ele se encontrou como striker. Creio que ele tenha cinco nocautes, e eu tenho cinco finalizações, então é bem parecido. Porém não vou buscar somente a luta agarrada, não vou entrar só para botar ele para baixo. Se eu vir que a luta em cima está boa para mim, que estou machucando ele, vou manter a luta em cima até conseguir o nocaute. Caso contrário, se a luta estiver muito parelha, vou buscar botar para baixo e vencer ele”, complementou o peso-galo do Amapá.

Apesar de estar focado em seu confronto diante de Jackson, Cabocão já possui planos para entrar em ação em seguida no Ultimate. Sincero, o peso-galo admitiu que uma vaga no UFC Brasília talvez o prejudicasse em um eventual processo de corte de peso e preparação. Desta forma, o brasileiro elegeu o card planejado pelo UFC para maio – possivelmente com sede em São Paulo -, como o ideal.

“Acho que para (o card de) Brasília fica um pouco em cima, até porque eu baixo muito o peso para lutar de galo, então Brasília está um pouco em cima. Mas venho cogitando lutar em maio, no UFC em São Paulo ou no Rio, que estão cogitando ainda, do Cejudo com o Aldo. Caso se concretize, acredito que essa seja uma data muito boa. Porque dá para recuperar o peso, baixar novamente e lutar em alto rendimento. Em Brasília eu estaria mais pela emoção, e não pelo profissionalismo. Maio é uma data excelente para eu voltar aos octógonos”, concluiu, em conversa com a Ag Fight.

Além de Felipe, o card do UFC Raleigh conta com a presença de outros três brasileiros: Herbert Burns, Júnior ‘Cigano’ e Rafael Dos Anjos. Os dois últimos fazem, respectivamente, a luta principal e o ‘co-main event’ do show nos EUA, diante de Curtis Balydes e Michael Chiesa.

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