Ainda em 2012, quando viva o auge de sua carreira, Anderson Silva lançou uma biografia em que contava com detalhes alguns momentos dos bastidores de suas vitórias e treinamentos. Parte fundamental da obra, a relação do atleta com sua ex-equipe Chute Boxe se tornou, no entanto, motivo de muita dor de cabeça.
Dias depois do lançamento do livro, Rudimar Fedrigo, líder da equipe, conseguiu uma medida judicial para retirar a biografia de venda ao alegar sofrer de danos morais e calúnia por parte do então campeão do UFC. Sete anos depois, no entanto, a situação não parece ter melhorado.
“Uma pessoa que considero que foi ingrata foi o Anderson silva. O que você pode fazer com uma pessoa ingrata? Nada. Usufruiu da academia e saiu falando mal de mim e dos companheiros”, narrou durante conversa com o canal do youtube ‘Portal do Vale Tudo’.
“Fiquei sabendo de um evento em que um garoto pediu para tirar foto, mas ele estava com a camisa da Chute Boxe e o Anderson recusou. É de um maucaratismo… Quando a pessoa é mau caráter… Não é a academia, é do ambiente familiar. A pessoa cria isso do zero aos sete anos”, analisou Fedrigo.
Depois de se desligar da Chute boxe no início dos anos 2000, Anderson passou a treinar com os irmãos Rodrigo e Rogério Nogueira – Minotauro e Minotouro, respectivamente – e engatou sequência de vitórias que o levou ao UFC. No octógono mais famoso do mundo, o ‘Spider’ o maior lutador da história do evento.
“Fez um livro para dar de pessoa sofrida e herói. Acabou sendo ingrato com a escola e parceiros de treino. Criticou a Chute Boxe, e no final do livro ele ainda lembra dos conceitos da academia. (… ) Considero ingrato.Não me vem outra palavra. Fiz muito por ele. Chegou na academia, não tinha nem condução, andava a pé. Demos estrutura, know-how, produzimos e lançamos ele. Tinha que ter gratidão”, finalizou.