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Ex-lutadores demonstram apoio a acordo bilionário proposto pelo UFC em ação na Justiça

O ‘processo antitruste’ movido contra o UFC na Justiça americana teve mais um desdobramento nesta semana. De acordo com registros online, mais de 50 ex-lutadores do Ultimate, entre eles o brasileiro Wanderlei Silva, encaminharam cartas de apoio ao novo acordo proposto pela companhia para tentar encerrar a ação chamada ‘caso Le’, em alusão a Cung Le, um dos atletas que lideraram tal processo. O jornalista John Nash foi o primeiro a divulgar a notícia.

O movimento tem como objetivo evitar que o caso, uma das duas ações distintas da mesma natureza, liderada por ex-lutadores contra a organização, chegue a um julgamento no Tribunal. Em sua maioria, os autores do processo citaram problemas financeiros e de saúde para justificar o interesse na rápida conclusão do pleito.

Isso porque o encerramento do caso na Justiça ainda pode levar vários anos e, mesmo após o julgamento, possíveis apelações podem atrasar ainda mais o processo. Além disso, o julgamento não necessariamente concederia um valor maior do que o oferecido no acordo proposto pelo UFC ou, até mesmo, daria ganho de causa aos autores da ação.

Sendo assim, os ex-lutadores decidiram agir e apoiar o novo acordo, que pagaria 375 milhões de dólares (pouco mais de R$ 2 bilhões na cotação atual) a eles. Além de Wanderlei Silva, a lista de antigos atletas do UFC que enviaram cartas à Justiça inclui nomes como Shane Carwin, Cat Zingano, Matt Brown, Patrick Cote, Jon Fitch e o próprio Cung Le.

Carta de Wanderlei Silva

Hall da Fama do UFC, o brasileiro Wanderlei Silva foi um dos que enviaram uma carta de apoio ao acordo proposto pela organização para finalizar a ação movida pelos ex-lutadores. Aos 48 anos, o ex-campeão do PRIDE alega que sofre com problemas de saúde relacionados as mais de duas décadas como profissional nos esportes de combate – sendo seis desses anos competindo pelo Ultimate.

“Enquanto lutei pelo UFC, eu sofri muitas lesões significativas, incluindo concussões. Eu temo que durante minha carreira eu tenha sofrido lesão cerebral traumática (TBI) e estou percebendo sintomas comuns com TBI e CTE (Encefalopatia Traumática Crônica), incluindo depressão, mudanças de humor e irritabilidade. Até hoje, nenhum tratamento para CTE foi encontrado. Eu sofro de apneia do sono e tenho dificuldade para dormir e respirar. Esses recursos também me permitiriam obter a assistência médica que eu preciso e manter um teto sobre minha cabeça e comida na minha mesa. A triste realidade é que recursos daqui a alguns anos podem não ter serventia para mim”, declarou Wanderlei.

Ex-campeão em dificuldade

Quem também se manifestou foi o ex-campeão interino dos pesos-pesados Shane Carwin. Com 49 anos de idade, o americano relata sofrer com sérios problemas de saúde e de ordem financeira para justificar sua pressa na resolução do caso.

“Testes cognitivos conduzidos na Cleveland Clinic Lou Ruvo Center para a Brain Health and Concussion Legacy Foundation na Boston University (entre outros) estão indicando que eu sofri danos no córtex pré-frontal e no hemisfério esquerdo (do cérebro). Eu passei dias na cama sofrendo de crises de paranoia, medo e ansiedade. Apesar de ter um diploma em engenharia da Colorado School of Mines, eu fui incapaz de manter o foco adequado para manter um trabalho como engenheiro. Eu encaro desafios sérios para cumprir com as desepesas diárias para comida, moradia e transporte, e em habilidades básicas necessárias para a vida”, afirmou Carwin.

Entenda o caso

O Ultimate está sendo alvo judicial por demandantes do ‘processo antitruste’, que alegam que a empresa faz uso de práticas ilegais a fim de diminuir a margem de crescimento de seus concorrentes e, assim, estabelecer seu monopólio de mercado. Os processos se baseiam em supostas violações da ‘Lei Sherman’, que prescreve a regra da livre concorrência entre os envolvidos no comércio, assim como a regulação da competição entre as empresas de um mesmo ramo.

Os esforços judiciais foram liderados por ex-lutadores como Cung Le, Kyle Kingsbury, Kajan Johnson, Brandon Vera, dentre outros. Os atletas acusam a liga de estar envolvida em um esquema ilegal para adquirir e manter o monopólio do mercado dos atletas de elite através de contratos exclusivos, coerção e aquisições. Os acusadores do processo antitruste movido contra o UFC relatam que tais contratos faziam parte de um esquema ilegal para diminuir os salários e direito dos lutadores.

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