O drama vivido por Cain Velasquez não tem fim. Na última segunda-feira (11), o ex-campeão do peso-pesado do UFC compareceu ao Salão de Justiça do Condado de Santa Clara, na Califórnia (EUA), para uma audiência, na qual lhe foi negada, novamente, a fiança em seu caso de tentativa de homicídio. Para a infelicidade do americano, essa foi a terceira vez que recebeu a negativa da juíza Shelyna Brown.
Velasquez está preso desde o dia 28 de fevereiro, depois que, supostamente, perseguiu em alta velocidade o veículo de Harry Eugene Goularte, acusado de molestar um menor parente do ex-campeão do UFC, bateu no caminhão e disparou várias vezes com uma pistola contra o veículo do mesmo. No entanto, Paul Bender, padrasto de Goularte e que também estava no caminhão, foi atingido por uma das balas.
Para contestar a decisão do tribunal de anular as negativas anteriores de obtenção de fiança, a equipe jurídica de Velasquez precisava fornecer para a juíza uma mudança de circunstância. Sendo assim, de acordo com os documentos judiciais obtidos pelo site ‘MMA Junkie’, Mark Geragos, advogado de defesa do ex-lutador, argumentou que a intenção de Harry Goularte, Patricia Goularte e Paul Bender de não testemunhar em uma ação civil deveria ser vista como uma mudança de circunstância no processo criminal contra o ex-campeão do UFC. Vale destacar que Cain enfrenta uma pena de 20 anos a prisão perpétua por tentativa de assassinato.
O advogado ainda acrescentou que Velasquez estava disposto a pagar uma fiança de um milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões) e aceitar todos os requisitos do tribunal para poder voltar a ter liberdade. Contudo, um dos funcionários do Gabinete do Procurador Distrital do Condado de Santa Clara argumentou que nenhuma decisão sobre o status do testemunho foi tomada para os Goulartes ou Bender.
Assim, a juíza decidiu não voltar atrás em suas decisões anteriores. Portanto, Brown reitera que o status do testemunho é irrelevante para o fator de risco que ela acha que o ex-lutador representa para a sociedade e classifica o ato do mesmo como um ‘desrespeito imprudente pela vida humana’.
Agora, Velasquez deve voltar ao tribunal no dia 5 de agosto para uma nova audiência, com a audiência de apelação marcada para o dia 19 de agosto. Enquanto isso, Goularte se declarou inocente de uma acusação criminal de atos obscenos com uma criança. Se for condenado no caso de tentativa de homicídio, Cain pode pegar no mínimo 20 anos de prisão ou até prisão perpétua, de acordo com o código penal da Califórnia. O ex-campeão do UFC enfrenta um tempo adicional se for considerado culpado de outras acusações.