Dolph Lundgren deu vida ao personagem Ivan Drago no cinema – Diego Ribas
Dolph Lundgren esteve no imaginário de grande parte dos lutadores de artes marciais da primeira geração do MMA. O motivo é simples: muitos deles eram crianças quando o sueco interpretou Ivan Drago em Rocky IV, filme da franquia estrelada por Sylvester Stallone. Mas o boxeador da ficção também lutou de verdade. Faixa-preta de caratê, o ator e diretor é também um fã de MMA. E, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja abaixo ou clique aqui), revelou que seu lutador preferido é um brasileiro.
Lundgren é uma presença frequente em eventos do UFC. Ele contou que a primeira vez que viu uma luta de MMA ‘in loco’ foi em 2003, quando Chuck Liddell e Randy Couture fizeram o combate inicial da trilogia que se encerrou três anos depois. Naquela ocasião, Couture — que perderia os outros dois confrontos — venceu. Mas, anos depois, foi outro atleta que encheu os olhos de Dolph.
“Eu gosto muito de Lyoto Machida. Porque ele é um lutador de karatê, tem muitos golpes legais, não gosta de ser atingido, é um lutador inteligente. É como quando eu lutava: eu não queria me machucar, não estava ali para aquele propósito. (…) Ele tem uma boa atitude. Não faz trash talk, mostra respeito por todos, e ainda ganha as lutas. Ou seja, provou que não se precisa agir como um bobo para vencer”, revelou.
O sueco fez um exercício de imaginação e, voltando no tempo, disse que tentaria treinar MMA se tivesse 20 anos. Com 61 atualmente, Lundgren afirmou que não vê as artes marciais mistas tomando o lugar do boxe, que se mantém relevante mesmo com o fortalecimento de uma modalidade ‘rival’.
“Sim, está crescendo muito. Boxe continua sendo o boxe, e tenho certeza de que será boxe por muitos anos. E talvez o MMA também. (…) Dependendo das regras, quando os lutadores levam muito tempo no chão, pode ser entediante, mas o boxe pode ser entediante também, quando os lutadores não querem lutar. Então, acho que os dois esportes são interessantes, e em ambos apenas alguns caras jovens podem se testar”, analisou.
Confira a entrevista completa: