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Engasgado, Raulian Paiva busca primeira vitória no UFC e mira revanche contra compatriota

Corte no supercílio de Raulian interrompeu a luta contra Rogério Bontorin – Leandro Bernardes

Vindo de duas derrotas e ainda em busca de sua primeira vitória no Ultimate, Raulian Paiva encara Mark De La Rosa neste sábado (15), no UFC Fight Night 167, evento que será realizado na cidade de Rio Rancho (EUA). E, ainda que esteja focado em seu próximo compromisso, o jovem peso-mosca (57 kg), de 24 anos, admite que os dois reveses sofridos em sua curta trajetória na organização ainda estão engasgados em sua garganta.

Após conquistar o contrato com o Ultimate ao participar da versão brasileira do programa ‘Contender Series’, o amapaense estreou com derrota para Kai-Kara France, que lutava em casa, na Austrália, em polêmica decisão dividida dos juízes. Já sua segunda apresentação pela maior entidade de MMA do planeta – que aconteceu em agosto do ano passado, contra Rogério Bontorin, no UFC Uruguai – durou pouco mais de dois minutos e foi decidida por interrupção médica em razão de um corte profundo sofrido por Raulian, o que resultou em mais um revés em seu cartel.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o peso-mosca admitiu que sente a necessidade de resolver o que considera como assuntos pendentes com o compatriota e revelou que pretende pedir por uma revanche em caso de vitória neste sábado. Para facilitar a comunicação, Raulian poderá encontrar Bontorin no próprio UFC Fight Night 167, já que seu algoz também estará presente no card do evento, ao encarar Ray Borg.

“Pretendo pedir a revanche para o (Rogério) Bontorin porque eu quero terminar o que a gente começou. Para ser sincero, ele não terminou a luta, quem interrompeu a luta foi o médico. A luta estava indo muito bem, e, infelizmente, abriu aquele corte profundo no meu rosto e os médicos não deixaram acabar. Nós precisamos terminar o que começamos. Não tenho nada contra ele, apenas quero terminar o que começamos”, revelou o amapaense, à Ag. Fight.

Mas antes de pensar em uma revanche contra seu último algoz, Raulian precisará superar o americano Mark De La Rosa. Também vindo de dois resultados negativos em sequência, o rival do brasileiro ocupa atualmente a décima terceira colocação no ranking até 57 kg do Ultimate, uma posição a frente do amapaense. Acostumado a fazer parte de sua preparação nos Estados Unidos, na renomada equipe ‘Team Alpha Male’, Paiva – em razão do atraso na liberação de seu visto de entrada no país norte-americano – realizou todo seu camp de treinamentos no Brasil, na academia ‘Ronildo Nobre’, e pôde traçar a estratégia que considera ideal para superar seu oponente.

“Preparação foi muito boa, treinei muito forte para essa luta. Tentei consertar os erros que eu cometi nas outras lutas e treinei mais forte ainda, buscando a evolução. Quero começar o ano com o pé direito e conquistar a minha primeira vitória no UFC. Não deu tempo de ir para a Team Alpha Male, fiz a preparação toda no Brasil. Fiz todo o meu camp na academia do Ronildo Nobre. Meu visto demorou a sair, só saiu no final de janeiro. Então para não perder tempo, eu fiz meu camp todo no Brasil”, contou o brasileiro, antes de comentar sobre a estratégia que pretende adotar no combate de sábado.

“Pretendo explorar muito a trocação. Eu sou maior que ele, tenho a envergadura maior que a dele, e ele é um pouco fraco na trocação. Mas, como eu estou bem treinado, se ele também der brecha no chão, eu posso finalizá-lo”, projetou Paiva, que possui três triunfos por finalização na carreira.

No MMA profissional desde 2013, Raulian acumula 18 vitórias e três derrotas em seu cartel. Já seu adversário, Mark De La Rosa, possui 11 triunfos e o mesmo número de reveses que o brasileiro em sua carreira. O UFC Fight Night 167 terá na luta principal o duelo entre os postulantes ao título dos meio-pesados (93 kg) Corey Anderson e Jan Blachowicz.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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