O dia 11 de março será crucial para uma eventual virada de chave na carreira de Felipe Micheletti. Em má fase no Glory, o brasileiro entra em ação em busca de redenção na 84ª edição do principal evento de kickboxing do planeta. Depois de três derrotas consecutivas na organização, o lutador paulista mede forças com o francês Nordine Mahieddine, em Roterdã (HOL), na intenção de voltar à coluna das vitórias.
Apesar do momento turbulento, Felipe iniciou bem sua trajetória no Glory, com dois triunfos em suas primeiras aparições na liga, entre 2018 e 2019. Na visão do próprio brasileiro, os resultados negativos posteriores estão diretamente ligados a fatores extra ringue que fugiam do seu controle.
“Foram três circunstâncias que não me favoreceram nos últimos compromissos. A primeira foi o falecimento do meu pai. A segunda foi pegar a luta em cima da hora e no meio da pandemia. Em seguida, subi ao ringue com uma costela quebrada. Mas lutador tem de lutar e não gosto de dar desculpas. Sempre fui lá e cumpri com a minha palavra. Não tenho medo de nada e nem de ninguém. A hora é a melhor possível agora. Sinto que evoluí com todos esses contratempos. Estou pronto para buscar o título”, declarou Micheletti, através de comunicado enviado à imprensa.
O duelo será disputado na categoria dos meio-pesados (95 kg). No entanto, o rival do brasileiro, que antes competia entre os pesados, fará sua estreia na nova divisão de peso. Também com a experiência de já ter entrado em ação nos dois cenários, Felipe Micheletti destaca que pode levar vantagem diante de Nordine Mahieddine.
“Existe uma grande diferença de força e velocidade entre os dois pesos. Me sinto mais ágil com 95kg e mais forte como pesado. Sei que ele (Nordine) confia muito na potência dos golpes. Mas creio que terá dificuldades para se encaixar na divisão, e deve se sentir desconfortável com esta perda inerente de força. Já acreditei muito na absorção (de golpes) e na brutalidade em cima do ringue. Mas tenho treinado para lutar cada vez mais inteligente e conduzir os rounds impondo minhas técnicas independente do perfil do adversário”, avaliou o atleta tupiniquim.
Aos 32 anos e com vasta experiência na modalidade, Felipe já enfrentou, inclusive, Alex Poatan nos ringues há mais de uma década. Na ocasião, em setembro de 2012, o paulista foi superado pelo atual campeão do UFC por decisão unânime dos juízes.