O brasileiro Rafael dos Anjos é ex-campeão dos pesos-leves (70 kg) do Ultimate – Diego Ribas
Antes do triunfo do último sábado (18), no UFC Rochester, a última vez em que Rafael dos Anjos teve a mão levantada pelo juiz havia sido em 2017, quando derrotou Robbie Lawler. Desde então, o brasileiro amargou dois reveses consecutivos, o que o deixou em uma situação desconfortável no Ultimate. Por isso, após a vitória sobre Kevin Lee, o meio-médio (77 kg) fluminense garantiu que tirou um peso das costas.
Em entrevista à emissora ESPN, o ex-campeão dos leves (70 kg) recordou que em sua estreia no UFC, em 2008, ele também havia amargado duas derrotas consecutivas – contra Jeremy Stephens e Tyson Griffin. Além disso, relembrou que também sucumbiu diante de Eddie Alvarez e Tony Ferguson antes de migrar para os meio-médios, em 2017. Mas, apesar de já ter vivenciado esse tipo de situação no Ultimate, ele se sentia pressionado a vencer.
“Na minha estreia no UFC, perdi duas seguidas. Antes de eu mudar de categoria, perdi duas seguidas. E não vou mentir para vocês: eu estava sob muita pressão. Mas é bom estar de volta no caminho das vitórias. Eu precisava disso. Minha última vitória dentro do octógono foi há 18 meses, contra Robbie Lawler, em dezembro de 2017. Eu me sinto ótimo, tirei um grande peso das minhas costas”, ressaltou.
Dos Anjos chegou à 29ª vitória em 40 lutas após derrotar Lee – e não quer parar por aí. Aos 34 anos, ele sonha com o seu segundo cinturão do UFC, desta vez na categoria dos meio-médios. E, ainda que a disputa do título possa parecer um sonho distante neste momento, o brasileiro destaca que utiliza tal meta como motivação para suportar a dura rotina de treinamentos.
“Eu quero ser campeão um dia e, se eu não acreditar que serei campeão, paro de lutar. Desisto do esporte. Ainda acredito que posso fazer isso e vou trabalhar. Estou trabalhando duro nisso”, concluiu.
Terceiro colocado no ranking dos meio-médios, Rafael conquistou uma vitória que, embora provavelmente não vá fazê-lo ganhar posições, ao menos o mantém na briga e sem correr riscos de cair na lista. Acima do brasileiro, estão Colby Covington — que o derrotou em 2018 —, Tyron Woodley e o campeão da categoria, Kamaru Usman.