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‘Do Bronx’ revela fim de contrato com UFC, mas destaca feitos para crer em renovação
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por
Carlos Antunes
Na noite do último sábado (14), Charles ‘Do Bronx’ finalizou Kevin Lee, no terceiro round, na luta principal do UFC Brasília. Mas poucas pessoas sabiam que essa era a última luta do contrato do brasileiro. No entanto, engana-se quem pensa que o paulista esteja tenso com essa situação, pelo contrário. Com sete vitórias seguidas na franquia, o lutador esbanjou confiança na renovação de vínculo.
Em conversa com a imprensa após o evento, com presença da reportagem da Ag.Fight, o recordista de finalizações da franquia, com 14, admitiu que está tranquilo sobre a extensão de contrato e revelou que espera uma valorização maior da liga em que luta desde 2010.
“Essa era a minha última luta do contrato, então vão renovar muito bem para mim. Sou recordista de finalizações. Acabei de empatar com o Cerrone (como lutadores que mais terminaram lutas no UFC, somando nocautes e finalizações, com 16 cada). Sou novo, então vou passar. Entrei na historia agora, com um UFC sem público também. O UFC tem que me valorizar, ele está me valorizando, me deu essa oportunidade gigante de fazer uma grande luta, lutei bem. Venho com uma nova postura, um Charles diferente, que quer vencer e mostrar que quer ser campeão”, disse, emendando o motivo que confia que o UFC vai aumentar o seu vínculo.
“Deixo na mão do (Diego) Lima, do (Jorge) Macaco (essa renovação de contrato). Eles vão renovar. Mereço entrar no top 10, não tem como eu não entrar. Sou cara que nocauteio ou finalizo. Vou ter mais uma luta até o cinturão, já que o Tony Ferguson vai lutar com o Khabib (Nurmagomedov). Tem que ser um top 5. Eles decidem”, completou o lutador que é o atual número 13 no ranking do peso-leve (70 kg)
De olho nos principais nomes da divisão dos leves, o lutador não escondeu quem deseja encarar. Após nocautear Jared Gordon, em novembro de 2019, o paulista já havia pedido uma chance de encarar Conor McGregor. E ele voltou a mencionar o irlandês.
“Todo mundo sabe que peço o Conor McGregor, mas tem que ver se ele vai ficar de 77 kg ou 70 kg. Se ele quiser vir, vou estar pronto.Vou ser o primeiro cara a nocauteá-lo no UFC. Faria essa luta fácil. Quero muito lutar com ele. Pode ser de 70 ou 77 kg”, contou.
Mas além de todas essas questões, Charles comentou sobre sua vitória sobre Kevin Lee. No início do combate, o brasileiro mostrou uma trocação afiada e surpreendeu o adversário. Porém, terminou o confronto da maneira como se sente mais à vontade.
“A gente sabia que o Kevin Lee começava forte o round e depois ia caindo conforme ia passando round a round. Como eu falei há alguns dias. Sou melhor que ele em pé, no chão. Se ele ficasse trocando comigo eu ia mostrar minha evolução na parte em pé. Se caísse sei que que ia fazer o que tenho de melhor. Ele foi ate esperto, saiu de algumas posições. Mas aconteceu, fiz o que tenho de melhor”, analisou, antes de mencionar a questão de ter lutado sem público, pela pandemia de coronavírus.
“É estranho, né?! Primeiro que erraram a minha música. Esse UFC foi todo assim. Vim pra cá com uma lesão, com medo de não poder lutar. Aí tive a coisa no peso, durmo no peso e acordei faltando 300 gramas, que não saiam. Mas ai entrou minha equipe, família, para colocar minha cabeça no lugar. Bati o peso certo, na hora da entrada a gente espera a musica que toca o coração de todos nós e não tocou. Olhei para trás e todos falaram para eu ter calma, ela estava na minha cabeça. Estou feliz, está tudo dando certo. Eu sabia que ia vencer e eu queria ver como que ia estar isso aqui lotado, todo mundo vibrando. Quero agradecer ao UFC por não deixar o evento fora, porque tem todo nosso trabalho de corte de peso, de treinos. Foi bom para todos nós”, completou.