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Deiveson explica falha na balança e analisa vitória por nocaute: “Campeão moral”

Deiveson Figueiredo nocauteou Joseph Benavidez e não levou o cinturão – Ag Fight

Deiveson Figueiredo venceu, mas não levou. O triunfo por nocaute sobre Joseph Benavidez apesar de lhe render a maior bolsa da carreira também lhe custou 30% do dinheiro conquistado, além das mãos vazias sem o cinturão dos pesos-mocas (57 kg). Isso tudo porque o atleta não marcou o peso correto da divisão e acabou punido pela organização. Fato este que, de acordo com o paraense, já ficou no passado.

Poucos dias após a vitória, Deiveson viu Dana White, presidente do UFC, confirmar a revanche entre ele e Benavidez, em duelo que voltará a valer o título da categoria – para quem bater o peso correto. E apesar da relação com o evento ainda estar “meio balançada”, o atleta usa seu retrospecto com a balança para garantir que o erro não se repetirá.

“Tive um problema de intestino, alguma parada gástrica, e que me ocasionou dores na região do abdômen e por isso não me deixou continuar. Minha nutricionista não me deixou continuar até mesmo para não agravar isso e eu não poder lutar (…). Na verdade, eu vinha fazendo a dieta certa, mas fazer corte de água e de outras coisas certinho para que não aconteça nenhuma dor, me dar câimbra ou algo parecido. Acho que é isso, fazer um investimento mais pesado na parte da dieta. Sempre confio na minha nutricionista, sempre me fez bater o peso”, narrou o atleta em conversa exclusiva com a reportagem da Ag. Fight.

Como o cinturão da categoria segue vago, o UFC se apressou em garantir a revanche como a forma mais justa de definir, de fato, quem herdará o título deixado por Henry Cejudo, que subiu de divisão definitivamente e já tem encontro marcado com José Aldo no dia 9 de maio, em São Paulo. E embora ainda exista o questionamento de como a luta irá transcorrer caso os dois atletas batam o mesmo peso, Deiveson demonstra confiança.

“Me sinto campeão, sim, por ter batido nesse cara”, salientou repetidas vezes. Era uma disputa de cinturão, o que me tirou foi a perda de peso, que eu não consegui, mas eu me sinto campeão. Pode ter certeza que na revanche eu vou concretizar isso. Estou só esperando essa revanche para me tornar o campeão com o cinturão. Por enquanto, eu sou só o campeão moral”.

Apesar de começar pior no combate, quando levou diversos golpes em pé, o brasileiro garante que não sentiu o peso da mão do oponente. Desta forma, o embate o volume de ataques de Benavidez criou apenas um embate entre sua velocidade e a potência dos socos de Deiveson – o que não demorou a desequilibrar a disputa a favor do ex-campeão do Jungle Fight.

“O Benavidez realmente estava com um volume de golpes melhor, mas em nenhum momento eu senti a mão dele, o chute dele. Estava bem leve, não estava sentindo o punch dele. Mas todas as vezes que eu toquei nele, ele sentiu a minha mão. Houve o momento da colisão, no qual ele veio com a cabeça de encontro na minha e machucou a cabeça dele (…). Ele meio que se desespera quando vê sangue, eu percebi que ele ficou bem desesperado e foi a hora que eu pressionei e conectei o direto que o nocauteou”, finalizou.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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