Amanda Ribas foi campeã mundial de MMA antes de se profissionalizar – Felipe Paranhos
Em maio de 2017, Amanda Ribas assinou contrato com o UFC e, após ter sido campeã no MMA amador, estava prestes de realizar o sonho de lutar na maior liga de artes marciais mistas do planeta. No entanto, aproximadamente um mês depois de integrar o quadro de atletas do Ultimate, a brasileira falhou em exame aplicado pela USADA (agência antidoping americana), foi retirada do duelo que faria em julho daquele ano e suspensa da organização.
Além da decepção de não poder estrear pelo UFC, Amanda teve que lidar com a espera pelo julgamento da sua pena, que ocorreu apenas em janeiro de 2018. Apesar de ter sido impedida de atuar por dois anos – punição retroativa à data em que ela realizou o exame antidoping -, a peso-palha (52 kg) mineira buscou se manter em atividade, seja dando continuidade aos treinos, seja competindo em campeonatos de jiu-jitsu.
“Eu continuei treinando muito. No começo, fiquei meio chateada, eu ainda estava na American Top Team, então eu não podia deixar de treinar, até porque é o que eu amo fazer. Desde que eu me entendo por gente, eu treino, então meu normal é treinar. Fiquei competindo no jiu-jitsu, lutei a copa da Kyra (Gracie), o EBI (Eddie Bravo Invitational), na Califórnia… Competi nos eventos que a USADA deixava”, contou, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight.
Inicialmente, Amanda só estaria liberada para retornar aos octógonos a partir de junho de 2019. Porém, a USADA reviu o seu caso em maio deste ano. Ao contrário do que a entidade normalmente faz, publicando uma nova punição mais branda, a agência simplesmente extinguiu a sanção aplicada à lutadora. Com isso, ela foi agendada para, enfim, estrear pelo Ultimate no dia 29 de junho, contra Emily Whitmire, em Minneapolis (EUA).
“Foi um baque para mim, porque eu estava fazendo tudo certo, estava lá na American Top Team treinando certinho, dieta certinha, e veio o baque do doping. Eu me assustei. Quando falaram que eu tinha caído no antidoping eu falei: ‘Para’. Já tinha feito antidoping antes… Mas deu tudo certo, me liberaram agora e já veio com luta, então fiquei muito feliz”, comemorou, antes de explicar o que fez a USADA rever o seu caso. “Foi contaminação, porque na minha urina tinha muito pouca quantidade, era picograma”, destacou, relembrando a ínfima quantidade encontrada nos últimos exames antidoping positivos de Jon Jones: um trilionésimo de grama.
Aos 25 anos, Amanda irá em busca da sétima vitória em seu cartel como lutadora profissional de MMA, que também conta com uma derrota, ocorrida em 2015. Curiosamente, o único revés da atleta natural de Varginha foi para a compatriota Polyana Viana, que atualmente também faz parte do quadro de competidores do Ultimate.