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De La Hoya admite alívio por não ter encarado Belfort no boxe: “Escapei de uma boa”

Há males que vêm para o bem. O antigo ditado se encaixa perfeitamente no pensamento de Oscar De La Hoya sobre o cancelamento de sua luta contra Vitor Belfort, que estava prevista para acontecer em setembro do ano passado, em um evento da ‘Triller’, na Califórnia (EUA), e da qual o ‘Golden Boy’ se retirou após precisar ser internado em decorrência da COVID-19.

Sem pisar em um ringue de boxe desde 2008, quando se aposentou, o multicampeão mundial havia aceitado o desafio de medir forças com o veterano lutador brasileiro, que fez história no MMA. Porém, devido aos problemas de saúde relacionados à infecção por covid, De La Hoya foi substituído por Evander Holyfield, que acabou nocauteado por Belfort no dia 21 de setembro do ano passado, no evento da Triller que acabou sendo realocado para a Flórida (EUA).

Hoje, olhando para o que aconteceu com Holyfield – um dos maiores pesos-pesados da história da nobre arte -, De La Hoya respira aliviado por ter sido obrigado a cancelar seu combate contra o ex-campeão do UFC. Em entrevista ao ‘The MMA Hour’, o ‘Golden Boy’ admitiu que encontraria dificuldades contra Belfort e reconheceu que o carioca, apesar da pouca experiência no boxe e da idade avançada, segue sendo um adversário perigoso para qualquer um.

“Eu estou feliz que não enfrentei esse monstro de lutador porque ele é um cara grande e ele sabe o que está fazendo. Ele é talentoso. Mesmo velhos, nós ainda conseguimos lançar socos. Nós vimos isso com Evander Holyfield, onde ele o nocauteou. Eu acho que escapei de uma boa. Tudo acontece por uma razão. Estou feliz que não lutei porque obviamente ele é um cara grande e nocauteou Evander Holyfield. Ainda bem que superei a COVID-19 e não lutei, e agora eu posso apenas sentar, relaxar e ganhar uns cabelos grisalhos promovendo lutadores”, declarou De La Hoya.

Medalhista de ouro na Olimpíada de 1992, em Barcelona, Oscar De La Hoya construiu uma carreira brilhante no boxe profissional, finalizando sua carreira com múltiplos títulos mundiais em seus classes de peso diferentes e um cartel de 39 vitórias e seis derrotas. Conhecido como ‘Golden Boy’, o americano se aposentou em 2008 e, hoje, aos 49 anos, admite que não pensa mais em voltar aos ringues.

Por sua vez, Vitor Belfort teve sua trajetória de carreira ligada ao MMA. O brasileiro se destacou desde muito novo e ficou conhecido pelo apelido de ‘Fenômeno’. Campeão do torneio peso-pesado do UFC 12, em 1997, o carioca voltou ao topo sete anos depois, ao conquistar o cinturão dos meio-pesados do Ultimate.

Belfort se aposentou do MMA em 2018, com um cartel de 26 vitórias, 14 derrotas e um ‘no contest’ (sem resultado). Desde então, o veterano tem focado suas atenções no boxe e em uma variação do esporte, que traria um misto das regras da nobre arte e do MMA.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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