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Dana mantém otimismo quanto ao UFC 249: “Não tem muita coisa que eu não possa resolver”

Pandemia global do coronavírus põe em risco os planos de Dana para o Ultimate – Diego Ribas

Quatro. Essa foi a quantidade de vezes que lesões ou questões médicas impediram Khabib Nurmagomedov e Tony Ferguson de se enfrentarem no octógono do Ultimate. Por isso, ficaria difícil de acreditar que haveria mais um problema para vetar a quinta tentativa. Só que a pandemia global do coronavírus não pareceu se preocupar com esse confronto tão aguardado e pôs em risco a manutenção UFC 249, marcado para o próximo dia 18 de abril. Especialmente após o veto da Comissão Atlética de Nova York à realização do show, agendado originalmente para acontecer no Brooklyn (EUA). No entanto, Dana White ainda não cedeu e, após o cancelamento dos três próximos eventos, o presidente da organização continua a tentar manter o combate do russo contra o americano de pé.

Em entrevista ao site ‘TSN’, White demonstrou o seu esforço para que mais um evento do Ultimate não seja cancelado, além de fazer críticas às novas proibições do governo para a prevenção do COVID-19. O próximo show seria neste sábado (21), em Londres, mas, devido às novas restrições preventivas tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, teve que ter repensado. Nessa segunda-feira (16), após o presidente do UFC fracassar ao tentar encontrar novos locais, foram vetados os shows dos dias 21, 28 de março e 11 de abril deste ano.

“Se você me fizesse perguntas 10 dias atrás, eu poderia responder a qualquer pergunta que você me jogasse. Não sei muitas coisas agora. Pense sobre isso: Las Vegas fechou os cassinos. Eu nunca pensei que veria isso na minha vida”, ressaltou o presidente do UFC. “(A luta de) Khabib e Tony vai acontecer. Nós faremos acontecer. Só vai ser questão do quão rápido isso vai voltar ao normal”, afirmou Dana, antes de completar.

“Eu tenho minha própria arena, minha própria produção. Tenho tudo. Eu tenho tudo que você precisa para realizar eventos. Então, não tem muita coisa que eu não possa resolver”, ressaltou o dirigente.

Entretanto, o pensamento positivo de White em relação a uma melhora do quadro da pandemia global, assim como quando tentou manter os outros três eventos, não parece ser compartilhado pelos governantes dos países ao redor do mundo. Isso fica claro com a medida do presidente americano Donald Trump, que, nessa segunda, determinou que encontros com mais de dez pessoas devem ser evitados pelos próximos 15 dias no país.

“Nós seguimos e cumprimos todas as regras. Todas as vezes que eles (membros do governo) saiam e falavam – não lembro qual foi o primeiro número (permitido de pessoas) – então, o segundo número foi 50 e descobrimos isso. E quando o número chegou a dez? Nós somos bons, mas não podemos fazer isso”, declarou White.

As primeiras alterações no Ultimate para prevenir a dispersão do COVID-19 ocorreram no UFC Brasília, no último sábado. Pela primeira vez na história da organização, o evento foi realizado de portões fechados, impedindo tanto a entrada do público como a da imprensa credenciada. Contudo, a garantia da integridade física dos atletas foi questionada e isso desagradou White, que também não respondeu sobre a realização ou não de testes para o vírus nos lutadores.

“Houve as mesmas coisas que pedem para você fazer (sobre medidas preventivas). Você procura sintomas nas pessoas e, obviamente, esses lutadores passam por uma tonelada de exames físicos e médicos antes de competirem”, destacou.

Apesar da confiança de White, ainda há a incerteza sobre eventos assim poderem ser realizados no próximo mês. O coronavírus, de acordo com o último relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) já infectou 3536 pessoas nos Estados Unidos, dentre cerca de 191 mil afetados ao redor do mundo.

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