Nesta semana, o UFC oficializou a estreia de Michael Chandler na organização. O ex-campeão do peso-leve (70 kg) do Bellator enfrenta Dan Hooker no dia 23 de janeiro, na edição 257 do show, que será realizada na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU). Mas quem fez questão de fazer um alerta a todo esse ‘hype’ voltado para o debute do americano e o que ele pode influenciar no andamento da categoria foi seu adversário.
Em entrevista ao site ‘SCMP MMA’, Hooker admitiu que tem a impressão de estar sendo “usado” para que Chandler chegue mais perto de uma disputa de cinturão. Atualmente na sexta colocação do ranking da categoria, o neozelandês disse que a liga precisava de um rival ranqueado para que o americano consiga um triunfo e possa credenciá-lo para atuar pelo título. No entanto, no que depender de Dan, ele vai frustrar todos esses planos.
“Acho que eles só queriam levá-lo à disputa pelo título o mais rápido possível. Quem acompanha o esporte há muito tempo sabe que o perigo está no tempo. O tempo não é seu amigo nesse esporte. Então, se ele entrar e limpar um dos cinco melhores, alguns rivais então as pessoas vão começar a dizer: ‘Title shot'”, disse, emendando.
“Se você fosse colocá-lo contra um dos 50 melhores, depois um top 30, depois um top 20, depois um top 15-10, então suas chances de perder aumentam. Portanto, quanto mais rápido eles conseguirem um título para ele, mais rápido eles poderão comercializá-lo e vendê-lo. Para mim, você vai me dar o novo brinquedo? Vou quebrar o novo brinquedo bem rápido. Eles investiram muito dinheiro para levá-lo para o UFC e eles vão jogá-lo comigo, que é como uma luta estilística ruim e eu vou quebrar o brinquedo em cinco minutos. Não posso dizer que sinto pena deles (risos)”, completou.
No MMA profissional desde 2009, Dan Hooker acumula 20 vitórias e nove derrotas em seu cartel. O atleta de 30 anos vinha embalado de três vitórias seguidas dentro do octógono mais famoso do mundo até ser superado por pontos por Dustin Poirier, em junho deste ano, por decisão dos jurados. Antes disso, o último revés o neozelandês havia sido em 2018, para o brasileiro Edson Barboza.