Cris Cyborg esteve no lançamento do doc ‘Nascidos Para o Combate’ – Fábio Oberlaender
O contrato de Cris ‘Cyborg’ com o UFC chegará ao fim no mês de março, quer ela lute até lá, quer não. Deste modo, a continuidade da ex-campeã peso-pena (66 kg) no Ultimate ainda depende de um acordo entre as duas partes. E, mesmo que a curitibana enfatize que seu objetivo maior seja seguir na companhia e conseguir a revanche contra Amanda Nunes, ela não descarta a possibilidade de não disputar o título. Ou até de deixar a empresa.
Durante conversa com jornalistas nessa segunda-feira (11), no Rio de Janeiro, – que contou com a presença da Ag. Fight -, ‘Cyborg’ explicou que mantém a rotina diária de treinos, mesmo com a indefinição do seu futuro na companhia após a perda do cinturão para Amanda, em dezembro. E, com seu vínculo com o Ultimate cada vez mais perto do fim, e ainda sem uma sinalização positiva para renovar, a lutadora falou da possibilidade de tomar novos rumos e assinar com outra organização de MMA.
“Meu empresário está em contato com o UFC, para ver se vai renovar, se vai ter a próxima luta ou o que será feito. Estou aguardando. Na disposição, treinando… Espero que a gente consiga regularizar, mas eu vou fazer o que me deixar feliz. Os dois lados têm de estar felizes. (…) Eu não preciso lutar pelo cinturão. Posso lutar no meu peso, independente de categoria, e fazer o esporte crescer cada vez mais”, projetou.
“Gostaria de ficar, porque é minha oportunidade de ter a revanche (contra a Amanda), mas, se não acontecer… E, como eles tiraram a minha categoria do site, tenho que ver como estão essas coisas. Se é verdade, ou não (que a categoria acabou). (…) Acho que eles querem estar juntos também, mas, se não quiserem mais a ‘Cyborg’, outro evento vai querer”, completou.
Aos 33 anos, ‘Cyborg’ projeta lutar em alto nível por mais cinco anos antes de se aposentar. Ex-campeã do Strikeforce, do Invicta e do UFC, a brasileira perdeu a sua primeira luta como profissional, contra Erica Paes, em 2005. Depois disso, foram 21 duelos sem derrota, antes de sucumbir diante de Amanda. Ainda assim, ela garante que seguir na profissão que escolheu vai muito além de conquistas – ou reconquistas – de títulos.
“A primeira coisa que eu fiz foi pedir a revanche. Depois de ficar invicta por 13 anos é uma coisa que eu poderia merecer, mas o José Aldo também não teve a revanche dele, então você vê que é uma coisa que pode acontecer. Já aconteceu também de eu não ter a revanche da primeira derrota da minha carreira, e isso acontece. Não vai parar a minha vida”, destacou a curitibana.
“Todo lutador gostaria de ter a sua revanche, mas, se não acontecer, vou continuar lutando da mesma forma. (…) Sempre coloquei para todo mundo que o cinturão para mim é algo simbólico. O que eu gosto é de lutar. (…) Tenho cinco anos ainda para lutar, não tenho lesões, gosto do meu trabalho, amo o que eu faço, e vou dar continuidade a isso independentemente de onde eu estiver”, concluiu.